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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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em leitos diferentes. Estan<strong>do</strong> sua alma num, ele se sentia cura<strong>do</strong> e gozava de delicioso repouso.Quan<strong>do</strong> se achava no outro, a alma sofria e ele dizia para consigo mesmo: Como é que me si nto tãobem neste leito e tão mal, tão abati<strong>do</strong> no outro? Essa idéia o preocupou por muito tempo e ele, tãoperspicaz na análise psicológica, me relatou muitas vezes a história pormenorizada das impressõesque então experimentava. (98)Cahagnet, o célebre magnetiza<strong>do</strong>r, também relata o seguinte (99):Conheci muitas pessoas com quem se d<strong>era</strong>m fatos desses (des<strong>do</strong>bramentos) que, aliás, sãomuito freqüentes em esta<strong>do</strong> de <strong>do</strong>ença. O venerável padre Merice me assegurou que, durante umafebre muito forte de que fora ac ometi<strong>do</strong> se vira por muitos dias separa<strong>do</strong> de seu corpo, que lheaparecia deita<strong>do</strong> a seu la<strong>do</strong>, por ele se interessan<strong>do</strong> como por um amigo. O reveren<strong>do</strong> se apalpava eprocurava certificar-se, por to<strong>do</strong>s os meios capazes de produzir convicção, de que aquele <strong>era</strong> umcorpo ponderável, se bem pudesse nutrir a mesma convicção relativamente ao seu corpo material.Vê-se, pois, que, de mo<strong>do</strong> g<strong>era</strong>l, para que a alma possa desprender -se, é preciso que o corpoesteja mergulha<strong>do</strong> em sono, ou que os laços que de ordinário a prende m ao corpo se hajamafrouxa<strong>do</strong> por uma emoção forte, ou pela enfermidade. As práticas magnéticas ou os agentesanestésicos acarretam por vezes os mesmos resulta<strong>do</strong>s. (100)Esta necessidade <strong>do</strong> sono durante o des<strong>do</strong>bramento se explica, primeiro, pelo fato de qu e aalma não pode estar simultaneamente em <strong>do</strong>is lugares diferentes; depois, a referida necessidade sepode compreender pela grande lei fisiológica <strong>do</strong> equilíbrio <strong>do</strong>s órgãos, segun<strong>do</strong> a qual to<strong>do</strong>desenvolvimento anormal de uma parte <strong>do</strong> corpo se op<strong>era</strong> em detri mento das outras. Se a quasetotalidade da energia nervosa é empregada em produzir, no exterior, uma manifestação visível, ocorpo, durante esse tempo, fica reduzi<strong>do</strong> à vida vegetativa e orgânica; as funções de relação ficamtemporariamente suspensas.Pode-se mesmo, em certos casos, estabelecer uma relação direta entre a intensidade da açãoperispiritual e o esta<strong>do</strong> de prostração <strong>do</strong> corpo. A maior ou menor tangibilidade <strong>do</strong> fantasma se achaligada, de maneira intima, ao grau de energia moral <strong>do</strong> indivíduo, à te nsão de seu espírito paradetermina<strong>do</strong> objetivo, à sua idade, à sua constituição física e, sem dúvida, à condição <strong>do</strong> meioexterior, que depois será preciso determinar.Em to<strong>do</strong>s os exemplos acima cita<strong>do</strong>s, a forma visível da alma é cópia absolutamente fiel <strong>do</strong>corpo terrestre. Há Identidade completa entre uma pessoa e o seu duplo, poden<strong>do</strong> -se afirmar queesta semelhança não se limita à reprodução <strong>do</strong>s contornos exteriores <strong>do</strong> ser material, pois quealcança até a íntima estrutura perispirítica, ou, por outra: to<strong>do</strong>s os órgãos <strong>do</strong> ser humano existem nasua reprodução fluídica. (101)Notamos, em a narrativa concernente ao jovem marinheiro, que a aparição fala, o que fazsupor tenha ela um órgão para produzir a palavra e uma força interior que põe em movimento esseaparelho. A máquina fonética é a mesma que a <strong>do</strong> corpo e a força é haurida no organismo vivo. Nocapitulo referente às materializações, veremos de que mo<strong>do</strong> isso pode dar -se.Assinalemos também, como um <strong>do</strong>s caracteres mais notáveis, o deslocamento quaseinstantâneo da aparição. Vimos que, na mesma noite, a alma <strong>do</strong> marinheiro, cujo corpo estava naAustrália, se manifestou à sua irmã na Inglaterra. Em todas as narrativas, a aparição viaja comvertiginosa rapidez; transporta-se, por assim dizer, instantaneamente ao l ugar onde quer ir; parecedeslocar-se tão depressa quanto a eletricidade. Essa velocidade considerável deriva da rarefação dasmoléculas que a formam, antes da materialização mais ou menos completa que ela op<strong>era</strong> para setornar visível e tangível.Encerraremos esta brevíssima exposição <strong>do</strong>s fatos com três casos típicos, em que se nosdepararão reuni<strong>do</strong>s to<strong>do</strong>s os caracteres que até aqui temos observa<strong>do</strong> isoladamente, nas aparições devivos.O adivinho de FiladélfiaO Sr. Dassier reproduz a seguinte história (1 02)Stilling fornece pormenores interessantes sobre um homem que vivia em 1740 e que levavauma vida retirada, com singulares costumes, residin<strong>do</strong> nas cercanias de Filadélfia, Esta<strong>do</strong>s Uni<strong>do</strong>s.Passava por possuir segre<strong>do</strong>s extraordinários e por ser capaz de d escobrir as coisas mais ocultas.54

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