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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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Não ignoramos que a crítica contemporânea fez tábua rasa desses fatos, atribuin<strong>do</strong> -os embloco a ilusões, a alucinações, ou à credulidade supersticiosa <strong>do</strong>s nossos avós. Strauss, Taíne, Littré,Renan, etc., sistematicamente passam em silêncio to<strong>do</strong>s os ca sos que poderíamos reivindicar.Semelhante processo não se justifica, porquanto, nos dias atuais, da<strong>do</strong>s nos é comprovar as mesmasaparições e por méto<strong>do</strong>s que permitem submetê -las a uma fiscalização sev<strong>era</strong>. Assim sen<strong>do</strong>, assiste -nos o direito de concordar em que esses sábios se enganaram e que merecem atenção as narrativasde antanho.Aliás, é fato positivo que não são novos os fenômenos <strong>do</strong> Espiritismo. Produziu -se em to<strong>do</strong>sos tempos. Sempre houve casas mal -assombradas e aparições (41). Concebe -se, pois, que a idéia deque a alma não é puramente imaterial, haja podi<strong>do</strong> manter -se, a despeito <strong>do</strong> ensino em contrário dasfilosofias e das religiões. (42)Era, porém, muito vaga, muito indeterminada a noção de um envoltório da alma. Esse corpofluídico formar-se-ia subitamente, no instante da morte terrena? Seria para sempre, ou por tempodetermina<strong>do</strong>, que a alma se revestia dessa substância sutil? Ou, então, essa aparência vaporosa seriadevida apenas a uma ação momentânea, transitória, da alma sobre a atmosf<strong>era</strong>, ação destinada acessar com a causa que a produzira? Eram questões essas que permaneceriam insolúveis, enquantonão se pudessem observar à vontade as aparições.A vidente de PrévorstO magnetismo foi o primeiro a fornecer meio de penetrar -se no <strong>do</strong>mínio inacessível <strong>do</strong>amanhã da morte. O sonambulismo, descoberto por de Puységur, constituiu o instrumento deInvestigação <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> novo que se apresentava. Submeti<strong>do</strong>s a esse esta<strong>do</strong> nervoso, pud<strong>era</strong>m ossonâmbulos pôr-se em comunicação com as almas desencarnadas e desc revê-las minuciosamente,de mo<strong>do</strong> a deixar convenci<strong>do</strong>s, os assistentes, de que, na realidade, conversavam com os Espíritos.O Dr. Kerner, tão reputa<strong>do</strong> pelo seu saber, quanto pela sua perfeita honestidade, escreveu abiografia da Sra. Hauffe, mais conhecida sob a designação de: A vidente de Prévorst (43). Nãoprecisava ela a<strong>do</strong>rmecer, para ver os Espíritos. Sua natureza delicada e refinada pela enfermidadelhe facultava perceber formas que se conservavam invisíveis às outras pessoas presentes. Teve a suaprimeira visão na cozinha <strong>do</strong> castelo de Lowenstein. Era um fantasma de mulher, que ela tornou aver alguns anos depois.Dizia, porém só quan<strong>do</strong> a interrogavam com insistência, nunca espontaneamente, ter semprejunto de si, como o tiv<strong>era</strong>m Sócrates, Platão e outro s, um anjo ou daimon, que a advertia <strong>do</strong>sperigos a serem evita<strong>do</strong>s não só por ela, como também por outras pessoas. Era o Espírito de suaavó, a Sra. Schmidt Gall. Apresentava -se revestida, como, aliás, to<strong>do</strong>s os Espíritos femininos quelhe apareciam, de uma túnica branca com cinto e um grande véu igualmente branco.Declarava que, após a morte, a alma conserva um espírito fluídico, que é a sua forma. Eraesse envoltório que ela possuía a faculdade de ver, sem estar a<strong>do</strong>rmecida e muito melhor à claridade<strong>do</strong> Sol ou da Lua, <strong>do</strong> que na obscuridade.As almas, dizia, não produzem sombra. Têm forma acinzentada. Suas vestes são as queusavam na Terra, mas também acinzentadas, quais elas próprias. As melhores trazem apenasgrandes túnicas brancas e parecem voejar, enquant o que as más caminham penosamente. Sãobrilhantes os seus olhos. Elas podem, além de falar, produzir sons, tais como suspiros, ruge -ruge deseda ou papel, pancadas nas paredes e nos móveis, ruí<strong>do</strong>s de areia, de seixos, ou de sapatos a roçaro solo. São também capazes de mover os mais pesa<strong>do</strong>s objetos e de abrir e fechar as portas.Eram objetivas essas visões? Quer dizer: verificavam -se algures, que não no cérebro da Sra.Hauffe? O Dr. Kerner procedeu a muitas investigações para se certificar da realidade dess esEspíritos, que só a vidente percebia.Em Oberstenfald, uma dessas almas, a <strong>do</strong> conde Weiler, que assassinara seu irmão,apresentou-se à Sr Hauffe, até sete vezes. Somente ela a viu; mas, vários parentes seus ouviram umaexplosão, viram ladrilhos, móveis e candelabros se deslocarem, sem que pessoa alguma os tocasse,sempre que o fantasma vinha.18

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