12.07.2015 Views

A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

para me ir deitar, ouvi distintamente seus passos atrás de mim e senti que você me passava o braçopela cintura.As duas cartas estão atualmente destruídas. Alguns anos, porém, depois <strong>do</strong>s fatos,recordamo-los, ao reler cartas antigas, antes de as destruirmos. Reconhecemos nessa ocasião que seconservavam muito fiéis as nossas lembranças pessoais. Esta narrativa pode, Portanto, ser aceitacomo perfeitamente exata.P. H. NEWNHAM.E evidente, neste caso, a relação de causa e efeito. O sonho <strong>do</strong> moço estudante é reproduçãoda realidade. Durante o sono, a alma se lhe desprendeu <strong>do</strong> corpo e se transportou para junto de suanoiva. Foi tão intenso o desejo que experimentou de abraçá -la, que determinou a materializaçãoparcial <strong>do</strong> perispírito, isto é, <strong>do</strong> seu duplo. O fato é positivo, pois a moça diz ter ouvi<strong>do</strong>distintamente passos que subiam a escada e a sensação de um braço que a envolvia pela cintura étambém positivamente afirmada. Estes pormenores, referi<strong>do</strong>s de mo<strong>do</strong> idêntico pelos <strong>do</strong>isprotagonistas da cena, sem que tenha havi<strong>do</strong> qualquer combinação entre eles ou qualquer previsão,afastam, evidentemente, toda idéia de alucinação.Aparição objetiva em momento de perigoSra. Ran<strong>do</strong>lph Lichfield, Cross Deep, Twickenham (94) (Ab reviamos um pouco a narração,suprimin<strong>do</strong> o que não <strong>era</strong> indispensável.)Achava-me eu, uma tarde, antes de me casar, no meu quarto, sentada perto de uma mesa -touca<strong>do</strong>ra, sobre a qual depus<strong>era</strong> um livro que estava len<strong>do</strong>. A mesa ficava a um canto <strong>do</strong> quarto e ogrande espelho que lhe estava sobreposto chegava quase ao teto, de sorte que a imagem de qualquerpessoa que se encontrasse no quarto podia nele refletir -se inteira. O livro que eu lia não <strong>era</strong> denatureza a me afetar de mo<strong>do</strong> algum os nervos, nem de me excit ar a imaginação. Sentia-me deperfeita saúde, de bom humor e nada me acontec<strong>era</strong>, desde a hora em que, pela manhã, receb<strong>era</strong>minha correspondência, que me pudesse fazer pensar na pessoa a quem se refere a singularimpressão, cuja narrativa me pedis.Tinha os olhos no livro. De súbito, senti, mas sem o ver, que alguém entrava no meu quarto.Dirigi o olhar para o espelho, a fim de saber quem <strong>era</strong>, porém, não vi pessoa alguma. Supus entãoque o visitante, ao dar comigo absorvida na leitura, tornara a sair, quan<strong>do</strong> , com vivo espanto, sentina fronte um beijo, longo e terno. Ergui a cabeça, sem nenhum terror, e vi meu noivo de pé por trásda minha cadeira, e inclina<strong>do</strong>, como para me beijar de novo. Trazia muito páli<strong>do</strong> o semblante einfinitamente triste. Muito surpreen dida, levantei-me, mas, antes que houvesse articula<strong>do</strong> umapalavra, ele desapareceu, não sei como. De uma coisa apenas sei: que, por um instante, vi muitonitidamente to<strong>do</strong>s os traços da sua fisionomia, seu porte alto, suas largas espáduas, como sempre asvira e que, um momento após, deixei de ver.A princípio, fiquei apenas surpreendida, ou melhor, perplexa. Nenhum temor me assaltou.Nem por momentos imaginei que houvesse visto um Espírito. A sensação que em seguidaexperimentei foi a de ter qualquer coisa n o cérebro e satisfeita me achava por não me haver issoacarreta<strong>do</strong> uma visão terrível, em vez da que tiv<strong>era</strong> e que me fora muito agradável.Diz depois à narra<strong>do</strong>ra que passou três dias sem noticias <strong>do</strong> noivo. Uma noite, julgou sentir -lhe a influência, mas não o viu, apesar da expectativa em que se encontrava. Afinal, veio a saberque ele fora vítima de um acidente, quan<strong>do</strong> amestrava um cavalo fogoso. Seu pensamento voouimediatamente para a noiva, ten<strong>do</strong> dito, no momento em que perdia os senti<strong>do</strong>s: May, minhaMayzinha, que eu não morra sem tornar a ver -te. Foi na noite que se seguiu ao acidente que ele sedebruçou sobre a moça e a osculou.Também aqui, temos a aparição assemelhan<strong>do</strong> -se, traço por traço, ao vivo, deslocan<strong>do</strong> -se agrande distância e provan<strong>do</strong>, de maneir a positiva, a sua corporeidade, com o beijar a noiva.Qualquer que seja o papel que se queira atribuir à alucinação, parece -nos que ela se mostra incapazde explicar o que se produziu.Eis agora outro caso de materialização <strong>do</strong> envoltório fluídico:50

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!