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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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Terra, todas as manifestações da vida, tanto quanto o des<strong>do</strong>bramento <strong>do</strong>s fenômenos não são mais<strong>do</strong> que modulações ou variações de uma melodia celeste.Vemos, pois, que temos de consid<strong>era</strong>r tu<strong>do</strong> o que existe atualmente, matéria e força, comorigorosamente eterno; o que muda é a forma. As palavras criação e destruição perd<strong>era</strong>m o senti<strong>do</strong>primitivo; significam unicamente passagem de uma forma a outra. Quan<strong>do</strong> um ser nasce ou umcorpo se produz, diz-se que há criação; chama-se destruição ao desaparecimento desse ser ou dessecorpo, mas, a matéria e a força que o formavam nenhuma alt<strong>era</strong>ção experimentaram e prosseguem ocurso de suas metamorfoses infinitas. A alma inteligente conserva a substância de sua forma etérea,que é imperecível, <strong>do</strong> mesmo mo<strong>do</strong> que a matéria. Um ser vivo, quan<strong>do</strong> nasce, apod<strong>era</strong> -se, emproveito seu, de certas combinações químicas que constituem o seu alimento. É um empréstimo quetoma ao grande capital disponível da Natureza. Desenvolve-se, assimilan<strong>do</strong> uma quantidade cadavez maior de matéria, até completar o seu desenvolvimento. Depois, mantém -se estável durante aidade viril e, em chegan<strong>do</strong> a velhice, com o tornar -se maior a desassimilação <strong>do</strong> que a regen<strong>era</strong>çãopela nutrição, ele restitui à terra o que lhe tomara. Pela morte, restitui integralmente o que receb<strong>era</strong>.Em suma, que é o que desaparece? Não é a matéria, é a forma que individualizava essamatéria. E essa forma é destruída? Não, responde o Espiritismo, e o pro va, demonstran<strong>do</strong> que elasobrevive à destruição <strong>do</strong> envoltório carnal e, o que ainda mais é, demonstran<strong>do</strong> ser absolutamenteimpossível o seu aniquilamento. Eis como:Se o corpo físico se decompõe por ocasião da morte, isso se dá por ser ele heterogêneo, ist oé, forma<strong>do</strong> pela reunião de muitas partes diversas. Quanto mais elementos um corpo contém, tantomais instável é ele quimicamente. Os compostos quaternários <strong>do</strong> reino animal são essencialmenteproteiformes, porque neles o movimento molecular – muito complica<strong>do</strong>, pois resulta <strong>do</strong>s de seuscomponentes – pode mudar sob a influência de fracas forças exteriores. Nos corpos vivos, osteci<strong>do</strong>s são comparáveis a esses pós -explosivos que a menor centelha basta para inflamar. Estãoconstantemente a decompor-se por efeito das ações vitais e a reconstituir -se por meio <strong>do</strong> sangue(217). O organismo humano é um perpétuo laboratório, onde as mais complicadas ações químicasse executam incessantemente, sob as mais fracas excitações exteriores.No mun<strong>do</strong> min<strong>era</strong>l já não é assim. M uito mais estáveis são as combinações, sen<strong>do</strong> às vezesnecessário o emprego de meios enérgicos para separar <strong>do</strong>is corpos que muito facilmente se unemum ao outro. Assim, sem dificuldade alguma, um pedaço de carvão se combina com o oxigênio,para formar o áci<strong>do</strong> carbônico. Pois bem: faz-se mister uma temp<strong>era</strong>tura de 1.200 graus para, emseguida, separar <strong>do</strong> carbono o oxigênio. Vê -se, pois, que quanto menos fatores entram numacombinação, tanto mais estável é ela.No que concerne aos corpos simples, tem -se verifica<strong>do</strong> que nenhuma temp<strong>era</strong>tura, nestemun<strong>do</strong>, é capaz de os decompor. Unicamente o enorme calor <strong>do</strong> Sol o consegue com relação aalguns deles. Fácil então se nos torna compreender que a matéria primitiva, <strong>do</strong>nde eles provi<strong>era</strong>m, éabsolutamente irredutível e, com o não pode aniquilar-se, é rigorosamente indestrutível. Essamatéria primordial, em que a alma se acha individualizada, constitui a base <strong>do</strong> universo físico,gozan<strong>do</strong> <strong>do</strong> mesmo esta<strong>do</strong> de perenidade o perispírito, que é dela forma<strong>do</strong>.Por outro la<strong>do</strong>, a alma é uma unidade indivisível.Vimos, na primeira parte deste volume, que as almas de Pascal e de Vergílio se mostraram amédiuns sob uma aparência física que reproduzia a que ambos tiv<strong>era</strong>m neste mun<strong>do</strong>. Não está aíuma prova positiva de que nada se perde <strong>do</strong> envol tório fluídico e que, assim como aqui na Terrauma lembrança não pode desaparecer, também no espaço nenhuma forma pode aniquilar -se? Todasas que a alma revestiu se conservam em esta<strong>do</strong> virtual e são imperecíveis.A alma se encontra unida à substância peris pirítico, que coisa nenhuma pode destruir, vistoque, pelo seu esta<strong>do</strong> físico, ela é o último termo das transformações possíveis: ela é a matéria em si.Nem os milhões de graus de calor <strong>do</strong>s sóis ardentes, nem os frios <strong>do</strong> espaço infinito têm ação sobreesse corpo incorruptível e espiritual. Somente a vontade o pode modificar, não, porém, mudan<strong>do</strong> -lhe a substância, mas expurgan<strong>do</strong> -a <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s grosseiros de que se satura no começo de suaevolução. É a grande lei <strong>do</strong> progresso, que tem por fim depurar essa massa, despojar esse diamante,a alma, da ganga impura que a contém. As vidas múltiplas são o cadinho purifica<strong>do</strong>r. A cadapassagem por ele, o Espírito sai <strong>do</strong> invólucro corpóreo mais purifica<strong>do</strong> e, quan<strong>do</strong> há venci<strong>do</strong> as133

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