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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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A energia e os flui<strong>do</strong>sAté a pouco, a Ciência negava a exist ência de esta<strong>do</strong>s imponderáveis da matéria e a hipótese<strong>do</strong> éter estava longe de ser unanimemente admitida, apesar da sua necessidade para tornarcompreensíveis os diversos mo<strong>do</strong>s da força. Atualmente, já a negação não será talvez tão absoluta,pois que toda uma categoria de novos fenômenos veio mostrar a matéria revestida de propriedadesde que nem se suspeitava.A matéria radiante <strong>do</strong>s tubos de Crookes revela as energias intensas que parecem inerentesàs últimas partículas da substância. Os raios X, que nasce m no ponto em que os raios catódicostocam o vidro da empola, ainda mais singulares são, porquanto se propagam através de quase to<strong>do</strong>sos corpos e têm propriedades fotogênicas, sem serem visíveis de si mesmos. Finalmente, asexperiências espíritas de Wallace, de Beattie, deAksakof consignam, fotografa<strong>do</strong>s, esses esta<strong>do</strong>s da matéria invisível, que concorrem para aprodução <strong>do</strong>s fenômenos espíritas.O Dr. Baraduc, o comandante Darget, o Dr. Adam, o Dr. Luys, o Sr. David e as experiências<strong>do</strong> Sr. Russel (185) põem de manifesto essas forças materiais que emanam constantemente de to<strong>do</strong>sos corpos, mas, sobretu<strong>do</strong>, <strong>do</strong>s corpos vivos, e os clichês que se obtêm são testemunhos irrecusáveisda existência desses flui<strong>do</strong>s. (186)Assistimos, presentemente, à demonstração cient ífica desses esta<strong>do</strong>s imponderáveis damatéria antes tão obstinadamente repeli<strong>do</strong>s. Mais uma vez, confirma -se o ensino <strong>do</strong>s Espíritos,sen<strong>do</strong> a prova de v<strong>era</strong>cidade das suas revelações dada por pesquisa<strong>do</strong>res que não partilham dasnossas idéias e que, portanto, não podem ser suspeita<strong>do</strong>s de complacências.E necessário que o público, ao ouvir -nos falar de flui<strong>do</strong>s, se habitue a não ver nessaexpressão um termo vago, destina<strong>do</strong> a mascarar a nossa ignorância. É necessário fique ele bempersuadi<strong>do</strong> de que estamos constan temente mergulha<strong>do</strong>s numa atmosf<strong>era</strong> invisível, intangível pelosnossos senti<strong>do</strong>s, porém, tão real, tão existente, quanto o próprio ar.Não é certo que as maiores inteligências <strong>do</strong> século, os mais hábeis analistas, químicos efísicos hão vivi<strong>do</strong> em contacto com o argônio, o novo gás que faz parte integrante <strong>do</strong> ar, sem lhesuspeitarem a presença? Esse exemplo deve inspirar modéstia a to<strong>do</strong>s quantos orgulhosamenteproclamam que sabem todas as coisas e que a Natureza nenhum mistério mais lhes guarda. Averdade é que ainda somos muito ignorantes e que a nossa existência se escoa num lugar <strong>do</strong> qual sópequeníssima parte conhecemos.O de que to<strong>do</strong>s se devem bem compenetrar é de que a atmosf<strong>era</strong> que nos circunda contémseres e forças cuja presença normal somos incapazes de apreciar. O ar se encontra povoa<strong>do</strong> demiríades de organismos vivos, infinitamente pequenos, que não lhe turvam a transparência. No azultranslúci<strong>do</strong> de um belo dia de verão volteia uma inumerável quantidade de sementes vegetais, queirão fecundar as flores. Ao mesmo tempo, o espaço se encontra atravanca<strong>do</strong> de bilhões de seres, aque foi da<strong>do</strong> o nome de micróbios.To<strong>do</strong>s esses seres evolvem dentro de gases cuja existência nada nos revela. O áci<strong>do</strong>carbônico, produzi<strong>do</strong> por tu<strong>do</strong> o que tem vida ou se consome, mistur a-se aos gases constitutivos <strong>do</strong>ar, sem que alguém o possa suspeitar. Quase to<strong>do</strong>s os corpos emitem vapores que imergem nesselaboratório límpi<strong>do</strong> e os nossos olhos permanecem cegos para to<strong>do</strong>s esses corpos tão diversos, cadaum com a sua função e a sua utili dade.Tampouco os nossos senti<strong>do</strong>s nos advertem dessas correntes que sulcam o globo edesorientam a bússola durante as tempestades magnéticas. Só raramente a eletricidade se manifestasob forma que nos seja apreciável. Ela não existe unicamente no instante em que o raio risca anuvem, em que repercutem ao longe os roncos <strong>do</strong> trovão; antes, atua perpetuamente, por meio delentas descargas, por meio de trocas incessantes entre to<strong>do</strong>s os corpos de temp<strong>era</strong>turas diferentes. Aprópria luz não a percebemos, senão den tro de limites muito acanha<strong>do</strong>s. Seus raios químicos, deação tão intensa, escapam completamente à nossa visão.Somos banha<strong>do</strong>s, penetra<strong>do</strong>s por to<strong>do</strong>s esses eflúvios em meio <strong>do</strong>s quais nos movemos elonguíssimo tempo viveu a humanidade sem conhecer tais fato s que, entretanto, sempre existiram.Foram necessárias todas as descobertas da ciência, para criarmos senti<strong>do</strong>s novos, mais poderosos,mais delica<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que os que devemos à Natureza. O microscópio nos revelou o átomo vivo, o109

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