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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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Com efeito, segun<strong>do</strong> cálculos de probabilidades (188), os sábios chegaram a admitir que sepode consid<strong>era</strong>r constante a velocidade média das moléculas para um mesmo gás, qualquer que sejaa direção <strong>do</strong> caminho percorri<strong>do</strong>. O valor dessa velocidade média, por segun<strong>do</strong>, à t emp<strong>era</strong>tura <strong>do</strong>gelo em fusão, isto é, a 0 graus, e à pressão barométrica de 760mm, é de:461 metros para as moléculas <strong>do</strong> oxigênio;485 para as <strong>do</strong> ar;492 para as <strong>do</strong> azoto;1.848 para as <strong>do</strong> hidrogênio.Tais velocidades são comparáveis à de um projétil à saíd a de uma arma de grande alcance. Avelocidade das moléculas é tanto maior, quanto mais leve é o gás, isto é, quanto menos matériacontém na unidade de volume. Logo, se num tubo fecha<strong>do</strong> se fizer o vácuo tão perfeito quantopossível e se obrigarem as molécul as restantes a mover-se em linha reta, por meio da eletricidade,obter-se-á o esta<strong>do</strong> radiante que Crookes descobriu.Como muito se fala desse esta<strong>do</strong> especial, expliquemos claramente em que consiste ele.Sabemos que os gases se compõem de um número indefini <strong>do</strong> de particulazinhas emincessante movimento e animadas, conforme suas naturezas, de velocidades de todas as grandezas.Sabemos igualmente que, em conseqüência <strong>do</strong> número imenso delas, essas partículas nãopodem mover-se em nenhuma direção, sem se chocarem , quase imediatamente, com outraspartículas.Que se dará se, de um vaso fecha<strong>do</strong>, se retirar grande parte <strong>do</strong> gás ali encerra<strong>do</strong>? É claroque, quanto mais diminuir o número das moléculas <strong>do</strong> gás, tanto menos oportunidade terão as querestarem de chocar-se umas com as outras. Pode-se, pois, induzir que, num vaso fecha<strong>do</strong>, onde sefaça cada vez maior vazio, crescerá a distância que qualquer molécula poderá percorrer, sem sechocar com outras. Teoricamente, o comprimento <strong>do</strong> percurso livre, isto é, o comprimento dadistância que uma molécula qualquer poderá percorrer, sem colidir com outra, estará na razãoinversa das moléculas restantes, ou, o que vem a dar no mesmo, na razão direta <strong>do</strong> vácuo produzi<strong>do</strong>.Como, no esta<strong>do</strong> gasoso ordinário, as moléculas se acham em coli são contínua umas com asoutras; como essa colisão contínua é precisamente o que determina as propriedades físicas <strong>do</strong> gás,segue-se que, se as moléculas percorrem espaços maiores sem se chocarem, dessa diferença namaneira de se comportarem hão de decorrer propriedades físicas diferentes e, por conseguinte, umesta<strong>do</strong> novo para a matéria. O quarto esta<strong>do</strong> será tão distante <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> gasoso, quanto este o é <strong>do</strong>esta<strong>do</strong> líqui<strong>do</strong>. Foi o que Crookes experimentalmente demonstrou.Aqui se acusa nitidamente a lei que a ssinalamos, segun<strong>do</strong> a qual quanto mais rarefeita é amatéria, tanto mais rápi<strong>do</strong> é o movimento molecular. É tal a velocidade destas últimas partículas damatéria, que os metais mais refratários, submeti<strong>do</strong>s ao bombardeio das moléculas, não tardam atornar-se rubros e mesmo a fundir-se, se a ação for suficientemente prolongada. Nesse esta<strong>do</strong>, amatéria, se bem que excessivamente rara, ainda tem um peso apreciável, não por meio da balança,mas por meio <strong>do</strong> raciocínio. O vácuo produzi<strong>do</strong> é tal, que, se supusermos a s pressões barométricasordinária, representadas por uma coluna de mercúrio da altura de 4.800 metros, a pressão da matériaradiante não poderá equilibrar mais de um quarto de milímetro de mercúrio! Ela ainda tem peso, oque explica que conserva suas propr iedades químicas, porquanto não há dissociação.Mas, se acompanharmos a ciência em suas induções, ser -nos-á possível conceber um esta<strong>do</strong>em que a matéria se ache tão rarefeita que o seu movimento molecular a liberte da atração terrestre.É o éter <strong>do</strong>s físicos que primeiro realiza essa concepção. Para serem compreensíveis os diversosaspectos da energia, imaginou-se o Universo cheio de uma substância imponderável, perfeitamenteelástica, a qual, graças à sua sutileza, penetraria to<strong>do</strong>s os corpos. Conforme vibre mais ou menosrapidamente, essa matéria dá lugar aos fenômenos que para nós se traduzem em sensações de calor,sen<strong>do</strong> as mais lentas as vibrações; de eletricidade, se forem as mais rápidas; de raios obscuros, sefor atividade química; finalmente, às vibraç ões excessivamente rápidas da luz visível e invisível.Será aí, porém, o limite extremo que não se possa ultrapassar nas pesquisas? Não, poissabemos, pelas experiências espíritas, que os Espíritos têm uns corpos fluídicos, que nenhuma dasformas da energia pode influenciar. Nem os frios intensos <strong>do</strong>s espaços interplanetários, que chegama 273 graus abaixo de zero, nem a temp<strong>era</strong>tura de muitos milhares de graus <strong>do</strong>s sóis qualquer112

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