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A ALMA E IMORTAL - a era do espírito

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Incontestavelmente, reina continuidade em todas as manifestações da matéria e da energia.To<strong>do</strong>s os esta<strong>do</strong>s, tão diversos, das substâncias se ligam entre si por estreitos laços; não há barreiraintransponível a separar os gases impalpáveis das matérias mais dura s ou mais refratárias. Emrealidade, uma continuidade existe perfeita nos esta<strong>do</strong>s físicos, que podem passar de um a outro porgradações tão suaves, que racionalmente podem ser consid<strong>era</strong><strong>do</strong>s formas amplamente espaçadas deum mesmo esta<strong>do</strong> material. Tanto mais exato é isto, quanto nenhum esta<strong>do</strong> material possui qualquerpropriedade essencial de que os outros não partilhem.Os sóli<strong>do</strong>s, sob fortes pressões, se escoam como os líqui<strong>do</strong>s, e os gases podem comportar -secomo corpos sóli<strong>do</strong>s pouco compressíveis. O Sr. Tre sca, submeten<strong>do</strong> o chumbo a uma pressão de130 quilogramas por centímetro quadra<strong>do</strong>, fez correr dele um veio líqui<strong>do</strong>, qual se estivessefundi<strong>do</strong>. O Sr. Daubrée (189) Produziu erosões e arrancamentos em blocos de aço, pela força degases violentamente comprimi<strong>do</strong>s. O efeito foi semelhante ao que teria produzi<strong>do</strong> o choque de umburil de aço energicamente aciona<strong>do</strong>.Urge se compreenda que a grandeza <strong>do</strong> efeito que um corpo produz está longe decorresponder ao peso desse corpo. Assim, uma quantidade extremamente fraca de gás, diz o Sr.Daubrée, falan<strong>do</strong> da dinamite, produz efeitos verdadeiramente assombrosos. O peso de umquilograma e meio de gás, atuan<strong>do</strong> sobre um prisma de aço de 134 centímetros quadra<strong>do</strong>s (o quecorresponde ao peso de 162 miligramas por milímetro quadr a<strong>do</strong>), produz nele, a par, de diferentesescavações na superfície, o seguinte:1 – Rupturas, que somente pressões de um milhão de quilogramas seriam capazes deproduzir, isto é, a pressão de um peso 600 mil vezes maior <strong>do</strong> que o <strong>do</strong> gás causa<strong>do</strong>r de taisdespedaçamentos;2 – Esmagamentos, que não podem corresponder a menos de 300 atmosf<strong>era</strong>s.Postas em confronto com efeitos mecânicos determina<strong>do</strong>s pelo raio, mostram essasexperiências que as mais altas formas da energia se acham sempre ligadas à matéria cada vez maisrarefeita.É, pois, por indução absolutamente legitima que acreditamos na existência <strong>do</strong>s flui<strong>do</strong>s, istoé, de esta<strong>do</strong>s materiais em que a força viva das moléculas ou <strong>do</strong>s átomos aumenta sem cessar, até aoesta<strong>do</strong> primitivo, que se caracterizará pelo máxim o de força viva no mínimo de matéria. Entre amatéria sólida e o flui<strong>do</strong> universal, depara -se com uma imensa série graduada de transiçõesinsensíveis, em que o movimento molecular vai a constante crescen<strong>do</strong>.A Pond<strong>era</strong>bilidadeEstudan<strong>do</strong> o quadro precedente , é-nos licito perguntar como pode a matéria chegar a pontode não pesar, isto é, a tornar-se imponderável. Compreendemos facilmente que a matéria, passan<strong>do</strong><strong>do</strong> esta<strong>do</strong> sóli<strong>do</strong> à forma gasosa, ocupe um volume maior, pois que o calor tem por efeito aumentara amplitude das vibrações de todas as partes infinitamente pequenas que constituem o corpo, mas éclaro que, se recolher to<strong>do</strong> o gás produzi<strong>do</strong> pela transformação de um corpo sóli<strong>do</strong> em corpogasoso, esse gás terá sempre o mesmo peso que quan<strong>do</strong> estava concentr a<strong>do</strong> sob uma forma material.Parece incompreensível que a matéria possa deixar de ter peso, mesmo que a imaginemos tãorarefeita quanto o queiramos; entretanto, é certo que a eletricidade ou o calor nenhuma influênciaexercem sobre a balança, qualquer que s eja a quantidade que desses flui<strong>do</strong>s se acumule no prato <strong>do</strong>aparelho. Se tais manifestações da energia derivam de movimentos muito rápi<strong>do</strong>s da matéria etérea,precisamos tentar compreender porque essa matéria não pesa.Devemos prevenir o leitor de que, neste ponto, recorremos a uma hipótese e de que nos étoda pessoal a maneira por que resolvemos o problema. Se, portanto, não for concludente a nossademonstração, a falta só nos deve ser imputada a nós e não ao Espiritismo.Para termos a explicação <strong>do</strong> que nest e caso se passa, precisamos lembrar -nos de que apond<strong>era</strong>bilidade não é propriedade essencial <strong>do</strong>s corpos. O a que neste mun<strong>do</strong> se chama o peso deum corpo mais não é <strong>do</strong> que a soma das atrações exercidas pela Terra sobre cada uma das moléculasdesse corpo. Ora, sabemos que a atração decresce com muita rapidez segun<strong>do</strong> o afastamento, poisque ela diminui na razão <strong>do</strong> quadra<strong>do</strong> da distância. Vemos, portanto, que um corpo pesará mais oumenos conforme esteja mais ou menos afasta<strong>do</strong> <strong>do</strong> centro da Terra. A experiência demonstra que é114

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