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A COMUNICAÇÃO COMO DIREITO HUMANO: Um ... - DHnet

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comunicação como elementos estruturantes do desenvolvimento econômico, baseado no livre<br />

mercado global de bens e serviços; e do outro a defesa do desenvolvimento social através das<br />

TICs, sem fins comerciais, com distribuição eqüitativa das tecnologias e acesso à informação<br />

para população mundial. Sob os auspícios da União Internacional das Telecomunicações<br />

(UIT), um organismo técnico das Nações Unidas, as divergências entre os nãogovernamentais,<br />

governamentais e empresas, avançaram além de questões pontuais, como as<br />

disparidades digitais, o regime de propriedade intelectual e a governança da internet, para um<br />

confronto de princípios e valores, de visões de mundo, de “[...] projetos de sociedade que<br />

subentendem arquiteturas e usos muito diferentes das redes de informação e de comunicação<br />

em escala planetária”(MATTELART, 2006, p. 236).Não havendo consenso, a sociedade civil<br />

propôs formular um documento em separado, a Declaração da Sociedade Civil na Cúpula<br />

Mundial sobre a Sociedade da Informação.<br />

119<br />

Nós, mulheres e homens de diferentes continentes, contextos culturais,<br />

perspectivas, experiências e conhecimentos técnicos, atuando como<br />

membros de diferentes públicos de uma emergente sociedade civil mundial,<br />

considerando que é fundamental a participação da sociedade civil na<br />

primeira Cúpula celebrada pelas Nações unidas sobre as questões de<br />

informação e comunicação, a saber, a Cúpula Mundial sobre a Sociedade da<br />

Informação, temos trabalhado durante dois anos no marco do processo desta<br />

Cúpula, consagrando nossos esforços para definir um conceito includente e<br />

eqüitativo de sociedades da informação e comunicação centradas nas<br />

pessoas. [...] consideramos que nossas opiniões e o interesse geral que<br />

expressamos coletivamente não estão adequadamente refletidos nos<br />

documentos da Cúpula. Propomos que este documento seja parte dos<br />

resultados oficiais da Cúpula. Com a convicção de que nossos pontos de<br />

vista podem converte-se em realidade através das vidas e das ações das<br />

mulheres e dos homens, das comunidades e dos povos, [...] (SELAIMEN;<br />

LIMA, 2004, p. 86).<br />

Em 2001, durante o processo preparatório citado, várias redes sociais - Agência<br />

Latino-Americana de Informação (Alai), a World Association for Christian Communication<br />

(Wacc), a Associação Mundial de Rádios Comunitárias (AMARC) e a rede ALER<br />

(Associação Latino-Americana de Educação Radiofônica) – “longe de se deixar levar pelos<br />

discursos convenientes sobre a brecha digital” (MATTELART, 2006, p.240) lançaram em<br />

novembro de 2001, a Campanha Cris - Direitos de comunicação na sociedade da informação.<br />

“[...] é a volta à tona das reivindicações do ‘direito à comunicação’ apoiadas nos anos 1970<br />

pelo movimento dos Países Não-Alinhados, a favor de uma nova ordem mundial da<br />

informação e da comunicação [...](2006, 241). Embora na Declaração da Sociedade Civil não<br />

conste referência explícita aos direitos de comunicação, um primeiro Fórum Mundial sobre os

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