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A COMUNICAÇÃO COMO DIREITO HUMANO: Um ... - DHnet

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ou por escrito, ou em forma impressa ou artística, ou por qualquer meio de<br />

sua escolha.<br />

2. O exercício do direito previsto no inciso precedente não pode estar sujeito<br />

à censura prévia, mas a responsabilidades ulteriores, que devem ser<br />

expressamente previstas em lei e que se façam necessárias para assegurar:<br />

a) o respeito dos direitos e da reputação das demais pessoas;<br />

b) a proteção da segurança nacional, da ordem pública, ou da saúde ou<br />

da moral públicas.<br />

3. Não se pode restringir o direito de expressão por vias e meios indiretos,<br />

tais como o abuso de controles oficiais ou particulares de papel de imprensa,<br />

de freqüências radioelétricas ou de equipamentos e aparelhos usados na<br />

difusão de informação, nem por quaisquer outros meios destinados a obstar a<br />

comunicação e a circulação de idéias e opiniões.<br />

4. A lei pode submeter os espetáculos públicos à censura prévia, com o<br />

objetivo exclusivo de regular o acesso a eles, para proteção moral da<br />

infância e da adolescência, sem prejuízo do disposto no inciso 2.<br />

5. A lei deve proibir toda propaganda a favor da guerra, bem como toda<br />

apologia ao ódio nacional, racial ou religioso que constitua incitamento à<br />

discriminação, à hostilidade, ao crime ou à violência. (OEA, 1968 apud<br />

SÃO PAULO (Estado), 1997, p. 259 – 260, grifo nosso)<br />

Artigo 14 – Direito de retificação ou resposta<br />

1. Toda pessoa, atingida por informações inexatas ou ofensivas emitidas em<br />

seu prejuízo por meios de difusão legalmente regulamentados e que se<br />

dirijam ao público em geral, tem direito a fazer, pelo mesmo órgão de<br />

difusão, sua retificação ou resposta, nas condições que estabeleça a lei.<br />

2. Para a efetiva proteção da honra e da reputação, toda publicação ou<br />

empresa jornalística, cinematográfica, de rádio ou televisão, deve ter uma<br />

pessoa responsável, que não seja protegida por imunidades, nem goze de<br />

foro especial. (OEA, 1968 apud SÃO PAULO (Estado), 1997, p. 260, grifo<br />

nosso)<br />

Infelizmente, os artigos da Convenção Americana, com foco na comunicação, não<br />

trouxeram maiores avanços em relação ao seu conceito. O inciso 1, do artigo 13, é<br />

praticamente uma repetição do artigo XIX da Declaração de 1948, apenas acrescentando<br />

exemplificações de alguns meios possíveis de transmissão das informações. A novidade ficou<br />

por conta dos incisos 2, 4 e 5, com relação aos conteúdos expressos nos meios e espaços de<br />

procura, recebimento e difusão de informações e idéias.<br />

No inciso 3, há referência às restrições indiretas à liberdade de expressão, mas que, no<br />

caso, como bem destaca Fábio Comparato, “não se trata da liberdade de expressão pessoal,<br />

mas sim da liberdade de atividade empresarial em matéria de imprensa, rádio e televisão, o<br />

que é bem diferente” (COMPARATO, 2003, p. 364). A Convenção silenciou quanto ao<br />

exercício da comunicação em uma sociedade midiática. Não se poderia obstar a comunicação<br />

e a circulação de idéias e opiniões empreendidas pelos veículos.<br />

O discurso dos Direitos Humanos ignorou, mais uma vez, a importância de afirmar o<br />

acesso das pessoas e coletivos aos meios de produção e difusão de informação e<br />

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