A COMUNICAÇÃO COMO DIREITO HUMANO: Um ... - DHnet
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Autoriza ao Diretor Geral a seguir executando o programa de estudos e de<br />
difusão das obras culturais, encaminhado para promover o apreço e o<br />
respeito à identidade cultural, em particular de tradições, modos de vida,<br />
idiomas, valores e aspirações culturais diferentes, assim como a<br />
especificidade dos indivíduos, grupos, das nações e das regiões, num<br />
contexto de estratégia global de desenvolvimento e com o fim de fomentar a<br />
solidariedade entre os povos do mundo.<br />
[...]<br />
(UNESCO, 1976, p.47, tradução nossa.)<br />
Embora, ainda, não usasse o termo criado pelo Movimento – Nova Ordem<br />
Internacional da Informação - solicitou que o Conselho Executivo e que o Diretor Geral<br />
prestassem maior atenção aos programas que estavam diretamente ligados a nova ordem<br />
econômica internacional, em especial os encaminhados a desenvolver as comunicações e os<br />
sistemas de informação (UNESCO, 1976, p. 82, 84, 85). Em 1978, a UNESCO, finalmente,<br />
evidenciou que a luta por um mundo mais justo e verdadeiramente democrático passava por<br />
uma revisão completa, teórica e prática, no então modelo de desenvolvimento econômico, das<br />
relações entre as diversas culturas e, de igual maneira, da comunicação no âmbito nacional e<br />
global. Diante da complexidade dos problemas da comunicação, o termo cunhado pelos<br />
Países não-Alinhados, sobre a nova ordem, foi substituído por uma expressão mais<br />
abrangente: Nova Ordem Mundial da Informação e Comunicação. Mesmo assim registrou que<br />
todos os encaminhamentos deveriam ser feitos de acordo com o “espírito do programa<br />
preparado pelos organismos que foram criados pelos Países Não-Alinhados”. (UNESCO,<br />
1978, p.103, tradução nossa)<br />
Mais do que em quaisquer outras resoluções, estas trouxeram o entendimento de que<br />
não bastava desenvolver sistemas de comunicação avançados nos Países em desenvolvimento,<br />
permitir que tivessem condições de acesso as informações vindas dos centros industrializados,<br />
ou que pudessem produzir suas próprias informações, sem antes haver uma transformação<br />
radical no formato do processo da comunicação, via meios massivos. Tais mudanças tinham<br />
que levar em consideração a pluralidade de meios e conteúdos, mas um intercâmbio igual e<br />
justo para esses conteúdos, com respeito às diversidades culturais, ao controverso, enfim com<br />
a compreensão de que seria “uma maior oportunidade de escutar a autêntica voz de<br />
sociedades e culturas diferentes em um diálogo que fosse se desenvolvendo gradualmente em<br />
condições de maior igualdade” (UNESCO, 1978, p.104, tradução nossa).<br />
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