A COMUNICAÇÃO COMO DIREITO HUMANO: Um ... - DHnet
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No campo dos direitos humanos, as reflexões de Fábio Konder Comparato e Damião<br />
Trindade, analisando a formação do discurso dos direitos humanos a partir dos principais<br />
contextos históricos e sociais, e de igual maneira de Cees Hamelink sobre os direitos à<br />
comunicação serviram de base para a análise dos documentos fundadores (Carta Magna<br />
Inglesa, Declarações de Direitos Inglesa e Americana; as Declarações de Direitos e<br />
Constituições da Revolução Francesa); e dos normativos globais (Declarações de Direitos<br />
Humanos - 1948 e 1993; os Pactos Internacionais de Direitos Humanos – 1966) e regionais<br />
(Convenção Americana de Direitos Humanos -1969). Na área do Direito, para análise da<br />
Constituição Federal de 1988, estão as teses de Edson Farias e Aluízio Ferreira, este último<br />
resgatando os debates científicos e políticos sobre a comunicação, a informação e as<br />
liberdades. As reflexões políticas e teóricas dos problemas da nova ordem mundial da<br />
informação e comunicação realizadas por Josep Gifreu e Desmond Fischer balizam a análise<br />
das resoluções da Unesco (1946 a 2005), em matéria de comunicação.<br />
4. OS CAPÍTULOS DA DISSERTAÇÃO<br />
A dissertação está construída a partir de temas considerados centrais, funcionando de<br />
forma interdependente – teorias da comunicação, liberdades fundamentais e direitos humanos;<br />
o debate internacional sobre informação e comunicação na UNESCO; o contexto da<br />
globalização econômica, social, cultural e política. Há uma delimitação dos tempos históricos<br />
pertinentes, mas sem tentar construir uma linearidade evolutiva, ao contrário, os caminhos<br />
percorridos demonstram a falácia do projeto de fim da história e fim das ideologias.<br />
O Estado da Arte está dividido em três momentos: o primeiro acompanha a presença e<br />
evolução do tema no universo das teorias da Comunicação e no discurso normativo dos<br />
direitos humanos; o segundo faz um resgate da construção discursiva da Organização das<br />
Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), por meio das resoluções em<br />
matéria de comunicação de 1946 a 2005; e o terceiro momento registra o atual debate e<br />
propõe a defesa de uma utopia da comunicação. O conjunto dos capítulos apresenta essa<br />
trajetória de construção do conceito da comunicação como direito humano, daí todos eles<br />
receberem como título o tema central da pesquisa, acompanhado dos subtemas.<br />
O primeiro capítulo, Construindo o Conceito da Comunicação como um Direito<br />
Humano - sem delimitar um início, mas um dos possíveis encontros, apresenta os alicerces<br />
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