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A reconstrução da identidade em A jangada de pedra, de José ...

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As figuras são também constitutivas dos atores, que correspond<strong>em</strong> no nível<br />

discursivo aos actantes do nível narrativo. Neste sentido, sujeitos <strong>de</strong> estado e <strong>de</strong><br />

fazer, objetos mo<strong>da</strong>is e <strong>de</strong> valor, <strong>de</strong>stinador manipulador e <strong>de</strong>stinador julgador entre<br />

outros actantes pod<strong>em</strong> se tornar atores <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os percursos figurativos que lhes<br />

dão concretu<strong>de</strong> possam ser reduzidos a tipos <strong>de</strong> papéis discursivos, mais<br />

precisamente nomeados como papéis t<strong>em</strong>áticos.<br />

Sist<strong>em</strong>aticamente, po<strong>de</strong>-se dizer que um ator é uma figura portadora ao<br />

mesmo t<strong>em</strong>po <strong>de</strong> um (ou vários) papel (papéis) actancial (actanciais) que <strong>de</strong>fine(m)<br />

uma posição <strong>em</strong> um programa narrativo, e um (ou vários) papel (papéis) t<strong>em</strong>ático(s)<br />

que <strong>de</strong>fine(m) sua pertença a um (ou vários) percurso(s) figurativo(s). Reproduz-se<br />

abaixo o esqu<strong>em</strong>a explicativo <strong>de</strong> ator do Grupo d’Entrevernes: 229<br />

Papel actancial<br />

Posição <strong>em</strong> um<br />

programa narrativo<br />

ATOR<br />

Papel t<strong>em</strong>ático<br />

Resumo con<strong>de</strong>nsado <strong>de</strong><br />

um percurso figurativo<br />

Neste sentido, são atores <strong>em</strong> A janga<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>pedra</strong>, não somente as<br />

personagens, mas também todos os d<strong>em</strong>ais actantes que <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penham um papel<br />

t<strong>em</strong>ático. Entre estes, <strong>de</strong>stacam-se os <strong>de</strong> maior relevância para a significação do<br />

texto, ou seja, as personagens principais. Viu-se que ca<strong>da</strong> uma <strong>de</strong>las representa os<br />

papéis actanciais <strong>de</strong> sujeito <strong>de</strong> estado e <strong>de</strong> sujeito <strong>de</strong> fazer dos programas <strong>de</strong> uso e<br />

<strong>de</strong> base nos quais estão inseri<strong>da</strong>s. Neste capítulo, <strong>de</strong>screv<strong>em</strong>-se os papéis<br />

t<strong>em</strong>áticos que essas personagens concretizam, por meio <strong>da</strong> con<strong>de</strong>nsação dos<br />

percursos figurativos que lhe são reportados.<br />

229 GROUPE d’Entrevernes. Analyse sémiotique <strong>de</strong>s textes. 6ª ed., Lyon, Presses Universitaires<br />

<strong>de</strong> Lyon, 1988, p.99.<br />

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