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A reconstrução da identidade em A jangada de pedra, de José ...

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PN = F {S1 → (S2 ∩ O)}<br />

Outra representa o estado disjuntivo realizado.<br />

PN = F {S1 → (S2 ∪ O)}<br />

No <strong>de</strong>senvolvimento do programa narrativo, po<strong>de</strong>rá ocorrer o sincretismo<br />

actancial, ou seja, quando as duas funções sintáticas <strong>de</strong> sujeito <strong>de</strong> fazer e <strong>de</strong> sujeito<br />

<strong>de</strong> estado são <strong>de</strong>s<strong>em</strong>penha<strong>da</strong>s por um só e mesmo ator. 23 Neste caso, a<br />

transformação será dita reflexiva. É o que ocorre nas transformações verifica<strong>da</strong>s no<br />

texto <strong>em</strong> análise, tanto <strong>em</strong> nível coletivo quanto individual, como se mostrará a<br />

seguir. Quando essas duas funções são exerci<strong>da</strong>s por atores diferentes, t<strong>em</strong>-se a<br />

transformação transitiva.<br />

De acordo com o grau <strong>de</strong> complexi<strong>da</strong><strong>de</strong>, um <strong>de</strong>terminado texto po<strong>de</strong><br />

apresentar mais <strong>de</strong> um programa narrativo, os quais mantêm relações entre si. Estas<br />

pod<strong>em</strong> ser <strong>de</strong> exclusão ou <strong>de</strong> pressuposição. Será <strong>de</strong> exclusão quando a relação<br />

estabeleci<strong>da</strong> entre as uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s ocorrer sobre o eixo paradigmático <strong>da</strong> narrativa, isto<br />

é, quando for do tipo «ou...ou», segundo a qual um dos programas narrativos é<br />

selecionado acima <strong>de</strong> todos os outros possíveis. Já a relação <strong>de</strong> pressuposição se<br />

dá sobre o eixo sintagmático, é regi<strong>da</strong> pelo princípio <strong>de</strong> co-presença do tipo «e...e»,<br />

e po<strong>de</strong> ser recíproca (quando a mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> estado ocorre se, e somente se, a uma<br />

primeira transformação correspon<strong>de</strong>r uma segun<strong>da</strong>) ou unilateral (nos casos <strong>em</strong> que<br />

um PN1 pressupõe um PN2 anterior, s<strong>em</strong> que o PN2 implique PN1).<br />

Na s<strong>em</strong>iótica <strong>de</strong> linha greimasiana, uma narrativa complexa estrutura-se<br />

numa seqüência canônica que compreen<strong>de</strong> quatro fases: a manipulação, a<br />

competência, a performance e a sanção. O esqu<strong>em</strong>a r<strong>em</strong>onta às reflexões <strong>de</strong> V.<br />

Propp a respeito dos contos maravilhosos russos, segundo as quais to<strong>da</strong> narrativa<br />

apresenta, como regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> situa<strong>da</strong> no eixo sintagmático, três provas: qualificante,<br />

<strong>de</strong>cisiva e glorificante. A prova qualificante é a que permite ao herói obter os meios<br />

23 É preciso distinguir os actantes dos atores. O actante pertence à sintaxe do nível narrativo; na<br />

instância do discurso, o actante converte-se <strong>em</strong> ator (ver Cap.4).<br />

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