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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO ...

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149motivos, porém é inequívoco afirmar que tudo aconteceu pela complexidade daatuação profissional e pela não concordância com a proposta metodológica daescola. Já nas questões da gestão, os motivos foram sempre na tentativa de abrir aarena de decisões da escola, tencionando sempre por uma maior participação,principalmente pelos profissionais que estavam envolvidos desde o início doprocesso.O desafio é encontrar profissionais que se disponibilizem a estudar aAlternância e vivenciar a EFASC da forma mais intensa possível, trabalhando comjovens de ensino médio, numa fase da vida bastante agitada e de importantestransições. Compreender o valor do conhecimento que vem de casa e dacomunidade e os saberes da roça, entendendo que a relação educador/estudantenão pode ser de forma vertical, precisa ser construída e baseada no diálogo.O profissional precisa compreender que “a escola deve respeitar os saberescom que os educandos, sobretudo os das classes mais populares, os saberes sãosocialmente construídos na prática comunitária (...), discutir com os alunos a razãode ser de alguns desses saberes em relação com o ensino de alguns conteúdos (...)porque não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar adisciplina cujo conteúdo se ensina (...)”. 129Definitivamente essas prerrogativas não são nada simples, haja vista aformação do professor atualmente, inclusive aquela dos bancos escolares desdeque pela primeira vez fomos à escola. Mesmo depois na formação específica deprofessores, seja nos cursos de magistério ou nas universidades, cursos na suagrande maioria descontextualizados do meio, demarcados pela clara concepção dequem sabe e quem não sabe nas salas de aula, de quem ensina e quem está ali praaprender.Ainda bem que há alguns professores que superaram essa lógica. Reside aí,nesse processo histórico de desvalorização, em todos os sentidos possíveis, daeducação, sobretudo a de nível básico, a dificuldade de encontrar profissionais quese disponham a trabalhar/vivenciar um CEFFA, passando por um intenso econtinuado processo de formação, pois nesse espaço o professor/monitor precisaatender uma demanda que vai muito além dos conteúdos. Esse desafio sempre foi,e continua sendo, muito preocupante, visto que “em quase todo o mundo a profissão129 FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:Paz e Terra, 1996. p.30.

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