172para o itinerário formativo do jovem durante todo ciclo passado por este noCEFFA. Deve constantemente ser consultado, avaliado e adequado portodos os protagonistas do processo a fim de garantir os objetivos fixados, ouseja, o perfil de saída do sujeito da formação, o próprio alternante. 157Mais uma vez a participação fundamental de Sérgio Zamberlan nessacaminhada inicial, como assessor pedagógico da AGEFA, pois o grupo de monitoresda EFASC esperava de Zamberlan a(s) fórmula(s) para aplicar em nosso cotidianode EFA. Eis que entra aí a importância dessa assessoria à qual a EFASC devemuito.A ênfase dada por Sérgio era nos instrumentos pedagógicos, porém como“rechear” e o que trabalhar no Plano de Formação, dizia ele quando iniciou aassessoria direta na EFASC: “- Esse é o caminhar pedagógico de vocês, pois vocêsvivem aqui, são vocês que podem definir o que, e como trabalhar com a garotada –mas não se esqueçam das famílias e sua contribuição ao longo do ano, nem dosjovens e suas perspectivas com a escola – por enquanto é tudo novo, vocês vão daro tom, mas depois tem que abrir”.Esse registro daquela formação inicial é valiosíssimo hoje, fica claro queZamberlan ponderava que não há uma fórmula de fazer esse processo, existem ospilares e os instrumentos pedagógicos, mas a prática teria de ser construída no dia adia, da forma mais ampla e participativa possível. Exemplo e prática que a AGEFAdeve seguir no processo de expansão do movimento EFA, que está se desenrolandoatualmente nos municípios gaúchos de Vale do Sol e Garibaldi, tendo mais uma veza contribuição de Zamberlan.Partindo da premissa da necessidade do estudo da realidade de onde aEFASC, estudantes e famílias estão inseridos, o fazer pedagógico requer, antes detudo, “a presença física do aluno no meio familiar e, principalmente, no cotidiano –feito de fatos, fenômenos naturais e sociais, que se sucedem uns de forma regular,outros não, porém, de maneira orgânica, constitui o foco de atenção das atividadescurriculares”. 158Invertendo uma lógica usual de educação, sobretudo, no que concerne àsescolas do campo, geralmente desconexa da vida naquele espaço, preocupada em157 <strong>DE</strong> BURGHGRAVE, 2011, 142.158 FONSÊCA, Maria Aparecida. ME<strong>DE</strong>IROS, Maria Osnette de. Currículo em Alternância: Uma novaperspectiva para a educação do campo. IN: QUEIROZ, João Batista Pereira de. SILVA, VirgíniaCosta e. PACHECO, Zuleika. (orgs). Pedagogia da Alternância – Construindo a Educação do Campo.Goiânia: Ed. da UCG; Brasília, Ed. Universa, 2006. p.114.
173formar o jovem para que busque uma “melhora de vida” fora do próprio lugar ondeela está inserida, o abandono do campo, principalmente dos jovens, é resultadodessa política educacional desastrosa.O Plano de Formação da EFA vem sendo construído a partir da definição detemas geradores, depois disso são definidas as temáticas que compreendem osplanos de estudos, que se desenvolvem ao longo das sessões. Cada professor nasua área do conhecimento, embora alguns já façam planejamentos conjuntos econsigam atuar de forma coletiva na área e até dialogar com outras, faz a discussãodos conteúdos a serem trabalhados, previstos no Plano de Estudo, que advém datemática nascida dos temas geradores, que minimamente corresponderiam àsnecessidades acordadas em comum pelo grupo docente. Dessa forma, o Plano deestudos define os conteúdos a serem trabalhados em cada área doconhecimento. 159Os temas geradores não se encontram nos homens isolados da realidade,nem tampouco na realidade separada dos homens. Só podem sercompreendidos nas relações homens-mundo. Investigar o tema-gerador éinvestigar, repitamos, o pensar dos homens referidos a realidade, que é asua práxis. Quanto mais assumam os homens uma postura ativa nainvestigação de sua temática, tanto mais aprofundam a sua tomada deconsciência em torno da realidade e, explicitando sua temática significativa,se apropriam dela. 160A partir de temas geradores, que balizam os estudos do ano, se configuramas temáticas que definem o enfoque, gerando os Planos de Estudos, pesquisadosna família e comunidade, forçando as áreas do conhecimento a abordarem dentrodos conteúdos programáticos essa demanda trazida da realidade do jovemestudante. Pois “o Plano de Formação propõe para cada Alternância, um projeto deestudo no meio familiar que permitirá ao jovem desenvolver seu conhecimento e,partindo do seu conhecimento, chegar à curiosidade de conhecimentos de carátertécnico e científico”. 161159 Aqui vale pontuar que em 2009 e 2010 a EFASC trabalho por disciplinas com os estudantes,conforme seu regimento escolar. No ano de 2011 por opção dos seus professores, se iniciou umtrabalho por área do conhecimento (Humanas e sociais, linguagem, ciências físicas e biológicas,matemática e engenharias e construções, produção animal, produção vegetal e gestão de projetos).Embora vale ressaltar que no Regimento Escolar continua a divisão curricular por disciplinas, pelofato de o regimento só poder ser mudado após três anos, o que já permite em 2012 a mudança oficiale provavelmente será feito.160 FREIRE, 1987, 98-9.161 ZONTA, Elisandra Mânfio. TREVISAN, Francisco. HILLESHEIM, Luis Pedro. Projeto Pedagógicode Ensino Médio da Casa Familiar Rural. IN: ZONTA, Elisandra Mânfio. TREVISAN, Francisco.HILLESHEIM, Luis Pedro (orgs). Frederico Westphalen / RS: URI / FW. 2010. p.27.
- Page 1 and 2:
1PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DE
- Page 3 and 4:
3João Paulo Reis CostaESCOLA FAMÍ
- Page 8 and 9:
8ABSTRACTFamily Farm School of Sant
- Page 10 and 11:
10CRUTACCTADENERuECOVALEEETAEFAEFAS
- Page 12:
12SUMÁRIOINTRODUÇÃO.............
- Page 15 and 16:
1526 Terceira turma da EFASC - 2011
- Page 17 and 18:
17INTRODUÇÃOA Pedagogia da Altern
- Page 19 and 20:
19agrícola solidária, baseada na
- Page 21 and 22:
211 A EDUCAÇÃO RURAL / DO CAMPO N
- Page 23 and 24:
23letrado”, historicamente, foi i
- Page 25 and 26:
25cinco escolas independentes, onde
- Page 27 and 28:
27estudar”, 15 reforçando o imag
- Page 29 and 30:
29escola rural na segurança nacion
- Page 31 and 32:
31Por isso a importância em aliar
- Page 33 and 34:
33propriedade do patrão, onde o pa
- Page 35 and 36:
35O jovem do campo, para ter acesso
- Page 37 and 38:
37É indispensável que o estado in
- Page 39 and 40:
39saberes, bem como a importância
- Page 41 and 42:
41grande guerra, devido às necessi
- Page 43 and 44:
43metodologia preocupada com o dese
- Page 45 and 46:
45As primeiras iniciativas de cria
- Page 47 and 48:
47Forma-se assim a rede CEFFA, inte
- Page 49 and 50:
49processo demonstra a importância
- Page 51 and 52:
51O Rio Grande do Sul entra no mapa
- Page 53 and 54:
53diversidade das relações sociai
- Page 55 and 56:
55III - adequação à natureza do
- Page 57 and 58:
57convidados a participar, visitas
- Page 59 and 60:
59envolvidos na formação, as inst
- Page 61 and 62:
612 A FUNDAÇÃO DA AGEFA, A INAUGU
- Page 63 and 64:
63encantamento provocado por aquele
- Page 65 and 66:
65do SICREDI - VRP, antes mesmo de
- Page 67 and 68:
67Figura 5 - A delegação gaúcha
- Page 69 and 70:
69Indicados por padre Firmino, Anto
- Page 71 and 72:
712.3 Criada a AGEFA, o CNPJ 86 nã
- Page 73 and 74:
732.4 A “gestação” da EFASC:
- Page 75 and 76:
75Depois desse importante contato,
- Page 77 and 78:
77Uma série de reuniões com entid
- Page 79 and 80:
79especialmente em relação aos fi
- Page 81 and 82:
81Figura 12 - Professores tendo o p
- Page 83 and 84:
83Nessa primeira inserção de Sér
- Page 85 and 86:
85institucionalização e personali
- Page 87 and 88:
87Figura 14 - O plenário do CEED-R
- Page 89 and 90:
89do Sol e Progresso todos os munic
- Page 91 and 92:
91apresentações de atores locais
- Page 93 and 94:
93Figura 16 - Sérgio Zamberlan e J
- Page 95 and 96:
95Figura 17 - De Anchieta, no MEPES
- Page 97 and 98:
97agricultura familiar no estado da
- Page 99 and 100:
99conhecida no município de Espera
- Page 101 and 102:
101Houve uma série de debates com
- Page 103 and 104:
103Figura 21 - Contato com a Associ
- Page 105 and 106:
105estudantes, isso porque um estud
- Page 107 and 108:
107Figura 23 - Zamberlan abre os tr
- Page 109 and 110:
109SANTA CRUZ DO SULNº Nome Locali
- Page 111 and 112:
111Era, sem dúvida nenhuma, um ava
- Page 113 and 114:
113VALE DO SOLNº Nome Localidade25
- Page 115 and 116:
115ficou mais madura e contributiva
- Page 117 and 118:
1171. A participação dos cooforma
- Page 119 and 120:
119fincada, a um só tempo, em um t
- Page 121 and 122: 121Desta forma, juntamos a estrutur
- Page 123 and 124: 123A Pedagogia da Alternância cheg
- Page 125 and 126: 125Desta forma, na sua essência um
- Page 127 and 128: 127em processo de formação, bem c
- Page 129 and 130: 129demais escolas regulares. Ora, t
- Page 131 and 132: 131culturas desconhecidas pelos est
- Page 133 and 134: 133O CEFFA que o jovem frequenta te
- Page 135 and 136: 135Acreditamos ser importante exemp
- Page 137 and 138: 137Chaco, entre os dias 16 e 18 de
- Page 139 and 140: 139San Vicente, mas tivemos pouquí
- Page 141 and 142: 1413.3.2 A EFASC no cenário Region
- Page 143 and 144: 143Foi um momento de agradecer a to
- Page 145 and 146: 145Fonte: Arquivo Pessoal.Com o rel
- Page 147 and 148: 147esse período não é simples, p
- Page 149 and 150: 149motivos, porém é inequívoco a
- Page 151 and 152: 151metodológica e científica a po
- Page 153 and 154: 153O agricultor Roque Finkler tem a
- Page 155 and 156: 155componentes dessa célula social
- Page 157 and 158: 157receptores passivos das prestaç
- Page 159 and 160: 159própria comunidade, não serão
- Page 161 and 162: 161Sempre presente com os estudante
- Page 163 and 164: 163O funcionamento da EFASC em âmb
- Page 165 and 166: 165Em levantamento feito junto aos
- Page 167 and 168: 167torno de projetos políticos com
- Page 169 and 170: 169exercício. Enquanto escola já
- Page 171: 171jovem desenvolve em casa, juntam
- Page 175 and 176: EU, A FAMÍLIA E A TERRA175Escola F
- Page 177 and 178: PROJETO(S) E DESENVOLVIMENTO HUMANO
- Page 179 and 180: 179como na definição dos planos d
- Page 181 and 182: 181Realidade, o Caderno de Acompanh
- Page 183 and 184: 183Pedagogia a Alternância propõe
- Page 185 and 186: 185Desde o princípio da escola há
- Page 187 and 188: 187sempre fazer da educação uma g
- Page 189 and 190: 189formatação concluída. Ao fina
- Page 191 and 192: 191diferentes momentos, no meio só
- Page 193 and 194: 193temas ao longo dos anos de forma
- Page 195 and 196: 195Não é exagero afirmar que gra
- Page 197 and 198: 197Fiat Uno emprestado pela City Ca
- Page 199 and 200: 1994.7 Visitas de Estudos, Colabora
- Page 201 and 202: 201Desta forma podemos pontuar que
- Page 203 and 204: 203As bases gerais do PPJ são trab
- Page 205 and 206: 205a qualidade da grande maioria do
- Page 207 and 208: 207espaço para explorar.” Além
- Page 209 and 210: 209enquanto associação local dari
- Page 211 and 212: 211RS e na Serra Gaúcha, buscando
- Page 213 and 214: 213A inserção regional, proposta
- Page 215 and 216: 215REFERÊNCIASABRAMOVAY, Ricardo.
- Page 217 and 218: 217CALVÓ, Puig Pedro. Centros Fami
- Page 219 and 220: 219______. Extensão ou Comunicaç
- Page 221 and 222: 221IX Congresso Mundial da AIMFR -
- Page 223 and 224:
223Revista da Formação por Altern
- Page 225 and 226:
225______. Vassouras de palha resga