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PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO ...

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167torno de projetos políticos comuns, ou seja, capaz de transformar-se sujeito do seupróprio desenvolvimento”. 152Numa região que sofre crises constantes por depender de uma culturaagrícola principal e que por isso mesmo, tenha grandes dificuldades de vislumbraroutras possibilidades produtivas, é preciso urgentemente romper com o conceito dedesenvolvimento do século XX, das grandes obras públicas e dos megainvestimentospúblico-privado, dos incentivos fiscais a grandes custos para oEstado. No caso da agricultura, uma concepção pós-revolução verde em que ospacotes tecnológicos foram vendidos como a única forma de modernizar e produzirna agricultura como um todo, endividou os agricultores e por consequência osexpulsou da terra. Esse esquecimento dos pequenos arranjos produtivos, docomércio e fluxo de capital que se dá através de relações comerciais de pequeno emédio porte, possibilitados pelos vínculos estabelecidos em âmbito regional, podeaparecer como uma possibilidade concreta de satisfazer demandas em algunssetores específicos, como o da alimentação, por exemplo.A obrigação social e política da EFASC e outras instituições é trabalhar peladiversificação de atividades nas propriedades e estimular o comércio local deprodutos, em redes que já existem, mas que precisam ser resgatadas e dotadas deformação contínua, oferecendo produtos de qualidade cada vez melhor e preçosmais acessíveis. Se não forem estabelecidas relações mais próximas, entrepequenos e médios produtores/comerciantes/empresários, as mudanças dificilmenteacontecerão, pois o capital que opera no macro, não possibilita a sobrevivência dequem não está na produção em escala. Certamente “não há dúvida de que nãoserão as mesmas políticas desenvolvimentistas de meados do século XX quepromoverão o desenvolvimento do início do século XXI. Outras estratégias precisamser construídas para dar conta de fenômenos diferentes, mas também é certo que oresgate da noção de desenvolvimento, com seu conteúdo de eliminação da pobrezae da desigualdade, se faz necessário e urgente”. 153Por isso a necessidade de práticas agrícolas condizentes com o meio em queesses jovens e suas famílias estão inseridos, justamente para a propagação derelações solidárias e produção, integrando as variadas possibilidades que esses152 Ibidem, 362.153 ARBIX, Glauco. ZIBOVICIUS, Mauro. Por uma estratégia de civilização. IN: ARBIX, Glauco,ZILBOVICIUS, Mauro e ABRAMOVAY, Ricardo. Razões e ficções do desenvolvimento. São Paulo:EDUSP/Editora UNESP. 2001. p. 67.

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