A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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estudiosas em comportamento organizacional, Fiol & Lysle (1985) enfatizam que, pelo<br />
menos todos os teóricos estão convergentes com relação ao alinhamento da organização<br />
com o seu ambiente. Salientam que “… como a maior conveniência do desempenho<br />
organizacional é sobreviver por um longo tempo e crescer, atingir isto requer à<br />
organização um alinhamento com o seu ambiente para permanecer competitiva e<br />
inovativa”. O alinhamento implica, neste caso, que a organização deva ter o potencial<br />
para aprender com o seu mercado. Essa adaptação organizacional é a essência do<br />
comportamento estratégico por que é a chave da interação com as mudanças ambientais<br />
e envolve o processo contínuo de fazer escolhas estratégicas. Sabemos, no entanto que<br />
as organizações estão sendo confrontadas cada vez mais com campos turbulentos,<br />
caracterizados por altos níveis de instabilidade e complexidade. Esses embates com o<br />
ambiente têm trazido efeitos dramáticos nas organizações: concorrência crescente,<br />
aumento da diversificação da força de trabalho, mudança das expectativas do trabalho,<br />
mudança das regulamentações e desregulamentações governamentais, e a diminuição<br />
dos recursos em meio a outras transições ligadas ao trabalho e à sociedade.<br />
O mesmo Stoner nos esclarece que a necessidade de as organizações se alinhar ao<br />
ambiente só é, geralmente, possível, através do processo de planejamento. Afirma que os<br />
administradores desenvolvem e implementam planos estratégicos para guiar as tentativas<br />
da organização de influenciar o comportamento dos stakeholders 1 e seus ajustamentos<br />
ao ambiente de ação indireta. Esses projetos, salienta ele, implicam mudanças na<br />
estrutura formal da organização, que devem ser determinadas por uma estruturação<br />
consciente, de modo que ela enfrente melhor as demandas do meio ambiente num dado<br />
momento. Chamando a nossa atenção para as responsabilidades conseqüentes desse<br />
alinhamento, o autor afirma que os estilos de vida dos consumidores, a demografia dos<br />
empregados e os regulamentos governamentais também estão em mudança e, por isso, a<br />
organização é afetada diretamente. Antigamente, bastava maximizar os lucros que os<br />
administradores caíam na graça dos acionistas; agora, com as pressões provenientes do<br />
ambiente externo as organizações devem se responsabilizar não apenas pelos acionistas,<br />
mas também pela comunidade maior e mais variada dos stakeholders.<br />
Já para Daft & Weick (1984), a natureza desse comportamento interpretativo<br />
depende de dois fatores: o primeiro representa o grau em que o ambiente externo é<br />
percebido como possível de ser analisado e compreendido; o segundo fator é a extensão<br />
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