A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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poder de atenção (espaço mental), mas o trabalho mental sim; de maneira que não se<br />
deixa espaço para as questões espirituais que realmente interessam".<br />
Alertado com isso recorremos a autores que visam buscar na ampliação do<br />
conceito do trabalho o fator de diferencial competitivo para as organizações. Valença<br />
(1997) é um deles, defende a tese de que as organizações, a partir de seus valores e<br />
visões de mundo, precisam de pessoas que tenham aprendido as habilidades que são<br />
necessárias para a consecução das tarefas. Diz ele que antes que as pessoas possam<br />
usar estas habilidades de modo eficaz, os programas instrumentais da organização se<br />
baseiam em programas mentais e em programas de habilidades que devem ser<br />
rigorosamente generalizados entre todos e estocados nos repertórios de prática. Assim,<br />
segundo o autor, os trabalhadores não apenas executam os seus programas mentais<br />
tácitos de habilidades, mas vão aos poucos, tornando-se rígidos e inalteráveis. Entretanto,<br />
salienta o autor que os agentes não podem executá-los, sem deixar de pensar/refletir, não<br />
conseguindo de nenhuma maneira executá-los de forma perfeita, por mais que tenham<br />
sido mecanizados.<br />
A par disso, Valenti & Silva (1995) afirmam que as expectativas com relação ao valor<br />
do trabalho se elevaram, criando a necessidade de uma nova visão do homem, uma<br />
mudança de paradigma. Esse novo paradigma, explicam eles, tende a superar essas<br />
dificuldades, em que cada profissional da organização será visto, e quer ser visto, como<br />
sócio do negócio organizacional.<br />
Já Thiry-Chesques (1995) propõe que a organização construa uma cultura<br />
compatível com as necessidades e pressões da sociedade moderna. Diz ele tratar-se de<br />
não compreender a especificidade do ente social, mas de preconizar um tipo de<br />
associação economicamente rentável, imersa na lógica de mercado. O propósito,<br />
esclarece, é o "fortalecimento" da cultura corporativa mediante o compromisso<br />
(commitment) e a autonomia criativa dos empregados. Baseado neste conceito, proposto<br />
por Thiry-Chesques, observamos que, na trajetória dos estudos das teorias<br />
organizacionais, quanto à compreensão dos determinantes do comportamento humano na<br />
situação de trabalho, uma proliferação de construtos intrapsíquicos, que são na sua<br />
maioria de natureza atitudinal. Tais construtos buscam dar conta de tudo o que o<br />
indivíduo traz consigo para a situação de trabalho e de como processa psicologicamente<br />
os eventos que aí ocorrem.<br />
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