A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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competição "estrangeira", mas um problema de competição "não tradicional". O<br />
verdadeiro problema competitivo, segundo os autores, é retardatários versus desafiantes,<br />
líderes versus inovadores, inerciais e copiadores versus criativos. Nesse ponto sobre o<br />
poder de descobrir o futuro, Hamel e Prahalad seguem nessa linha, preconizando que a<br />
maior vantagem competitiva de uma empresa é a visão do futuro. “Toda a reengenharia<br />
no mundo não salvará a empresa que não refletir sobre o que acontecerá nos próximos<br />
dez anos. A empresa que primeiro chegar ao futuro ganhará a concorrência”, ressaltam<br />
eles.<br />
Com essa visão do sucesso futuro, Morrison e Schimid (1995) nos alertam sobre as<br />
forças que dirigem as mudanças no ambiente com avanços científicos fabulosos. Porém,<br />
ressaltam que as respostas administrativas a essas rápidas mudanças ambientais têm<br />
sido consideradas parciais e ineficazes. “Os modismos administrativos falham ao se ater<br />
ao contexto mais amplo de mudança ou às importantes conseqüências gerais das ações<br />
dos negócios sobre os empregados, o mercado e a sociedade”, salientam.<br />
Nessa linha em que se critica os modismos administrativos, Wood Jr. e Caldas<br />
(1995) também nos alertam para o perigo dos modismos da mudança, afirmando tratarse,<br />
sem dúvida, de um retorno aos dias em que engenheiros mudavam organizações,<br />
rabiscando organogramas, acreditando que assim poderia ser operada uma mudança<br />
planejada. “A febre atual por tais metodologias está claramente ligada ao fato de que<br />
vivemos uma era na qual tudo é subordinado à questão da competitividade.... essas<br />
metodologias são normalmente geradas, utilizadas e descartadas como panacéias<br />
gerenciais, seguindo um ciclo similar ao ciclo de vida de um produto", salientam os<br />
autores.<br />
Retornando a discussão da revolução em que estamos convivendo, entendemos<br />
que a causa primária disso é a dissipação da informação, tornando-se ela, a informação,<br />
o epicentro do terremoto de mudanças em que estamos passando. Peter Drucker, em<br />
entrevista a uma rede de televisão americana, em 1995, afiança que a produção científica<br />
mundial estava em 1982, em torno de 7.000 artigos diários (impactantes nos estudos<br />
científicos respectivos) e o conjunto dos conhecimentos crescia a razão de 13% ao ano,<br />
ou seja, dobrava a cada cinco anos e meio.<br />
Em seu artigo, dentro desse raciocínio, Drucker (1980) declara que os trabalhadores<br />
são, atualmente, o recurso potencialmente mais produtivo da organização (e também o<br />
mais dispendioso), o qual denomina de knowledge worker, ou seja, trabalhador<br />
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