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A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...

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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />

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Já para Pinto & Abreu & Xavier & Fernandes (1977), as pressões do grupo provocam<br />

modificações psicológicas "arbitrárias", porém, têm sido até certo ponto ignoradas as<br />

características materiais das condições reais. Dentro deste ponto de vista, tornou-se<br />

muito enfatizado o aspecto de submissão do indivíduo às forças grupais. Deixou-se de<br />

averiguar as possibilidades de independência de relações produtivas com o ambiente<br />

humano, negando-se praticamente a capacidade que o indivíduo tem para, em certas<br />

situações, ir contra tais pressões. Podemos dizer, então, que atos de rebelião,<br />

independência e conformidade existem e têm funções definidas em todos os sistemas<br />

culturais. Por diversos motivos um grupo pode tornar-se importante para uma pessoa, e<br />

quanto maior for esta importância, mais fortes e eficazes tendem a ser suas pressões<br />

para uniformização. Segundo as autoras, se estudarmos a teoria da troca social,<br />

consideraremos que se uma pessoa julga que sua opinião sobre uma conclusão difere da<br />

opinião dos outros membros, há várias possibilidades de mudanças que ela pode<br />

considerar: primeiro, ela pode ficar independente ou não mudar de modo algum sua<br />

opinião; segundo, ela pode modificar um pouco a fim de ficar mais perto do que percebe<br />

ser a opinião do grupo (tal movimento, se conseguir reduzir a discordância, seria o<br />

conformismo); terceiro, é possível que uma pessoa modifique sua opinião para o<br />

inconformismo ou oposição e ir mais além da posição inicial tomada pelo grupo.<br />

As referidas autoras consideram que as forças sociais, usando a violência, podem<br />

impedir que a pessoa expresse sua compreensão e intenção frente a determinadas<br />

situações, quando o indivíduo pode agir de diferentes formas: o indivíduo precisa tomar<br />

medidas de defesa; ele pode lutar para afirmar sua individualidade; pode limitar-se pela<br />

submissão ou resignação; e, pode até unir-se aos que o oprimem.<br />

Com esse pensamento, recorremos a Reich (1986), que nos alerta sobre a<br />

armadilha em que se encontra a estrutura emocional do homem, sua estrutura de caráter.<br />

O autor afirma: “… que pouco adianta elaborar sistemas de pensamento sobre a natureza<br />

da armadilha, quando a única coisa para sair da armadilha é conhecê-la e encontrar a<br />

saída”. Com esta declaração, Reich acrescenta que tudo é inútil que não adianta “Miguel<br />

Angelos, os Shakespeares, os Goethes e os grandes cientistas e médicos, os Pasteurs e<br />

os Flemings” inventarem artifícios para prolongar a vida na “prisão” 8 , onde a armadilha<br />

nos leva. O essencial para o indivíduo ainda é: encontrar a saída da “prisão”. Porém,<br />

afirma que a saída é naturalmente visível pelos prisioneiros, mas esses não se<br />

8 Para Reich( 1996) esse tipo de prisão significa uma vida não livre, o contrário de liberdade.<br />

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