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A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...

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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />

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encontrados nos mundos físico e biológico, podem ser também revelados nas esferas<br />

social e humana, o que de certa maneira transcende a discussão, acerca de semelhanças<br />

e diferenças, entre ciência física e humana. Reafirma ele que estamos construindo uma<br />

“Nova Aliança”, um novo elo, agora indissolúvel, que não se pode mais separar o ser<br />

humano da natureza que ele descreve.<br />

Bowditch & Buono (1992) salientam que, além da mudança tecnológica rápida e<br />

freqüentemente volátil, visualizada pelo pós-industrialismo, as organizações, como<br />

sabemos, também são confrontadas com uma infinidade de pressões. Essas pressões<br />

são bem visualizadas por esses autores como: (1) concorrência crescente na arena<br />

mundial; (2) regulamentações governamentais que, cada vez mais, têm tratado de<br />

controvérsias sociais (tais como, discriminação, segurança no local de trabalho, proteção<br />

do meio ambiente); (3) escassez de recursos; (4) maior diversidade de força de trabalho;<br />

(5) normas culturais em mudança; e (6) as pressões empresariais mais tradicionais, por<br />

parte de concorrentes, fornecedores e forças de oferta e procura. Além dessas, existe<br />

ainda a influência crescente de diversos novos interessados (pessoas que tenham<br />

interesses em jogo), tais como: grupos de interesse público, ecologistas, grupos de<br />

defesa de comunidades locais, advogados de defesa do consumidor.<br />

E sobre o impacto dessas pressões no comportamento das organizações, que<br />

Fleury (1993) dá um passo adiante, citando Zarifian (Zarafian, Philippe. L’Organization<br />

Qualificante: de quoi parle-t-on?: Le Monde, 9/9/92), que propõe a distinção entre a<br />

organização qualificada e a organização qualificante. Segundo esse autor, esclarece<br />

Fleury, as “organizações qualificadas” apresentam as seguintes dimensões: o trabalho em<br />

equipe ou em células; a autonomia delegada às células e sua responsabilização pelos<br />

objetivos de desempenho (qualidade, custos, rendimento, etc..); a diminuição dos níveis<br />

hierárquicos e o desenvolvimento das chefias para atividades de “animação” e gestão de<br />

recursos humanos; a reaproximação das relações entre as funções da empresa (entre a<br />

Por fim, Kohn se baseia também nas experiências com Termodinâmica de Ilya Prigogine (Nobel de Química –<br />

1977) que conceitua as Estruturas Dissipativas como sistemas vivos não-lineares, afastados do equilíbrio, nos quais a<br />

instabilidade - Caos - leva a novas formas de comportamento e, conseqüentemente, novas ordens e estruturas, diferentes<br />

das anteriores. Prigogine, descreve o autor, atuou sobre líquidos e gases provocando turbulências, criando uma<br />

instabilidade (através de variações de pressão, temperatura etc.) Percebeu que, após cessar essa ação as estruturas<br />

moleculares, as novas ordens geradas eram diferentes das anteriores e às vezes mais complexas: “A instabilidade, a<br />

desordem e a imprevisibilidade são fatores preponderantes nessas novas formações, às vezes mais complexas na sua<br />

organização”. Eis porque podemos entender o caos, a turbulência não como um fim, algo negativo, mas sim como um<br />

princípio de novas ordens às vezes até enriquecedoras, complexas e que abrem novas possibilidades em novas<br />

circunstâncias.<br />

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