A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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definição de organização como a coordenação racional das atividades de um certo<br />
número de indivíduos, tendo em vista a realização de um propósito comum explícito,<br />
através da divisão de trabalho e de uma hierarquia de autoridade. Salienta, porém, que a<br />
complexidade e o alto grau de interação das partes da organização, quer estas sejam<br />
funções, grupos ou indivíduos, exigem uma nova definição em termos de critério de<br />
sistemas complexos. “Com o rápido desenvolvimento da tecnologia, a expansão dos<br />
mercados e as súbitas transformações político-sociais, a organização sofre constantes<br />
pressões no sentido de se modificar, adaptar e desenvolver para poder corresponder às<br />
solicitações do meio”, reforça Shein.<br />
Para Morgan (l986), as organizações podem ser interpretadas por meio de<br />
metáforas, sendo que cada metáfora agrega diferentes valores às definições da<br />
organização. Uma delas é observar a organização como uma máquina. A própria origem<br />
da palavra organização, do grego organon, significa instrumento ou ferramenta, levandonos<br />
à visão mecanicista e simplista. Outra metáfora é a da organização como um<br />
organismo, baseada nos princípios da biologia, em que ecossistemas definem um habitat<br />
e os seres vivos que o habitam, leva-nos a ver a organização como participante de um<br />
ambiente e sujeita às influências dos outros participantes desse ambiente. Esta visão<br />
orgânica da organização nos permite analisar todo o seu ciclo de vida: seu nascimento,<br />
crescimento, desenvolvimento, declínio e morte conforme suas relações com o meio<br />
ambiente. Existe também a metáfora em que as organizações são vistas como cérebros,<br />
ou seja, dando importância aos processos de informação, aprendizado e inteligência e às<br />
formas de desenvolvê-los. Outras metáforas, citadas também por Morgan, são: a<br />
metáfora política que visa explicar a organização, segundo interesses, conflitos e disputas<br />
de poder internas e externas à organização; a metáfora em que as organizações podem<br />
ser vistas como prisões psíquicas, em que as pessoas são aprisionadas pelos seus<br />
pensamentos, ideais, crenças e preocupações surgidas do seu inconsciente; a metáfora<br />
em que as organizações podem ser vistas como fluxos e movimentos, trazendo-nos a<br />
perspectiva das mudanças influenciando e definindo as organizações (seja a organização<br />
moldando a si mesma, seja por meio da retroalimentação positiva ou negativa de<br />
experiências passadas, ou através do movimento dialético entre opostos e do equilíbrio<br />
de forças destes opostos); por fim, a metáfora cultural, que vê a organização como idéias,<br />
valores, normas, rituais e crenças que sustentam a organização como uma realidade<br />
social construída.<br />
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