A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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Bennis (1972), por sua vez, nos oferece uma valorosa contribuição para essa nova era,<br />
nos brindando com o termo “temporário”, que caracterizará o comportamento das<br />
organizações no futuro, que muito bem pode ser agora. O jargão “temporário” pode ser<br />
traduzido por sistemas adaptativos e de rápida mutação, sendo, assim forças-tarefas<br />
organizadas em torno de problemas a serem solucionados por grupos cujos membros<br />
pouco se conhecem uns aos outros e com diferentes habilidades profissionais. Esse<br />
grupo será constituído conforme as necessidades impostas pela situação (modelo<br />
orgânico) e não de acordo com a função (modelo mecânico). Neste caso o papel da<br />
gerência é o de coordenador ou elo de ligação entre várias forças-tarefas. Com isso a<br />
expressão estruturas adaptativas a estas organizações de estilo novo. São no caso<br />
organizações que devem aumentar a motivação e, portanto, sua eficácia, por criarem<br />
condições sob as quais o indivíduo pode usufruir de satisfação crescente com a tarefa em<br />
si. Bennis afirma, então: “... assim, deve haver harmonia entre a necessidade que o<br />
indivíduo educado tem por tarefas que sejam significativas, propiciadoras de satisfação e<br />
criativas e uma estrutura organizacional adaptativa.” Confirmando essa tendência, Miller<br />
(1997) compara o comportamento das organizações do futuro, como já vimos no capítulo<br />
anterior, com o do camaleão.<br />
Por outro lado, estudiosos preocupados com os desafios, propostos às<br />
organizações, como rapidez com responsabilidade (uma recente exigência do consumidor<br />
final), nos leva a Deevy (1995), que buscava, como confidencia em sua obra, por muitos<br />
anos, uma palavra que descrevesse a chave do sucesso no mercado futuro. Queria<br />
entender a noção de responsabilidade para com o mercado. Entretanto, salientava que<br />
essa responsabilidade necessitaria ser combinada com vivacidade e agilidade. Para<br />
comunicar a relação entre rapidez e responsabilidade necessária para o ambiente de<br />
novos negócios, Deevy forjou a palavra, que aqui traduzimos, por “responsiva”. Declara<br />
ele que no futuro não haverá nenhum outro fator que a rapidez. A palavra “responsiva”,<br />
segundo ele, descreve a organização que é capaz de continuadamente se adaptar às<br />
necessidades do mercado, referindo-se, algumas vezes, que a nova identidade<br />
organizacional será como uma “organização resiliente” 4 .<br />
4 No Aurélio encontramos a definição de “resiliência” como a propriedade pela qual a energia armazenada em um<br />
corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora duma deformação elástica. Logo, a organização<br />
resiliente significa aquela que responde adhocraticamente a um desafio proveniente do mercado e, cessado esse<br />
impacto, a organização retorna as suas operações rotineiras.<br />
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