A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...

Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos
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França, Inglaterra e Japão, estão relacionadas aos investimentos feitos por essas
economias em recursos humanos. Quanto mais se investe, maior a produtividade. Como
estamos numa revolução da informação, tão importante quanto a revolução industrial há
100 anos, e que essa informação está disponível para todo mundo que quiser, o que
realmente está faltando é ter pessoas para usá-la, para dar-lhe um sentido, no intuito de
fazê-las sentir que controlam pelo menos parte de sua vida. Por isso, não dar poder às
pessoas no trabalho é fazê-las ficar infelizes, pois sentem que não tem controle de nada.
O importante é disseminar o poder na hierarquia abaixo, deixar que os funcionários
tenham mais responsabilidades, explicar às pessoas o que está acontecendo, por que
está acontecendo, deixá-las participar de todas as decisões. Essa é a essência da
Organização Inconformista.
O que nos interessa agora é saber como o conhecimento se torna a base do esforço
competitivo; o modo pelo qual o conhecimento é aplicado aos produtos e aos mercados,
determinando a expansão ou contração a longo prazo da força de trabalho de produção
da organização. Aprendemos no decorrer de todo nosso estudo que o cerne da
organização do conhecimento está baseado em quatro processos distintos, ou seja: a)
coletar e disseminar o conhecimento que já existe na organização; b) adquirir e criar novo
conhecimento; c) converter o conhecimento em produtos e serviços lucrativos; d) dirigir o
pessoal que trabalha com o conhecimento. Desse modo, respeitados todos esses
paradigmas, pode-se delinear que todos os funcionários esperam que a crescente
interação na organização ajude a circulação do conhecimento e que a organização inteira
será considerada como um enorme conjunto de potencial humano. Os futuros
funcionários do conhecimento organizacional inconformista serão bem diferentes dos
seus predecessores: serão mais bem informados, mais cépticos, mais inquisidores, mais
dados a divergir e a protestar, mais pessoalmente entrosados e mais inclinados a agir. O
desafio, porém, é saber como fazer para liberar esses impulsos no sentido da ação
criadora e ao mesmo tempo utilizar construtivamente os inúmeros conflitos que
inevitavelmente hão de ocorrer. É isto que pretendemos ver no capítulo seguinte.
Nesta seção verificamos certos aspectos problemáticos da adoção de uma
Organização Aprendiz dentro de um quadro teórico. Dadas as pressões contínuas sobre
as organizações, operando sob condições turbulentas para se tornarem cada vez mais
produtivas, discutiu-se a importância da utilização de uma estrutura organizacional que
conduza à formação de mão-de-obra qualificante como o único diferencial competitivo,
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