A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
_____________________________________________________________________________________________________<br />
somente a mentes revolucionárias, conseqüência dos constantes inconformismos na<br />
organização.<br />
Na seção 2.2, analisamos as opiniões de diversos autores que buscam <strong>identificar</strong> o<br />
modelo de organização contemporânea que sobreviverá às exigências do ambiente<br />
descontinuado e imprevisível. Verificamos que o comportamento estratégico de uma<br />
organização decorre do seu grau de abertura, o que, por sua vez, é determinado por dois<br />
fatores: a cultura e a capacitação organizacionais. Em face disso, Ansoff (1993) nos<br />
esclarece que, à proporção que cresce a organização, desenvolvem-se as habilidades,<br />
conhecimentos e valores do grupo, constituindo mais do que a simples soma das<br />
contribuições dos participantes. Quando a organização se torna grande, segundo ele, os<br />
grupos de trabalho se multiplicam e passa a existir um outro ingrediente de sua<br />
capacitação, o qual pode ser determinado de conformidade com a interação e a<br />
complementação dos membros do grupo entre si. O resultado desse processo é<br />
denominado pelo autor de "capacitação estratégica organizacional", que, em síntese,<br />
decorre da competência administrativa e logística da organização. Assim, salienta que<br />
essa competência significa a capacidade de um grupo ou de um indivíduo afetar qualquer<br />
aspecto do comportamento estratégico, constituindo o seu "poder" na organização.<br />
Nesta mesma direção, caminha Berry (1995), que reforça a constatação de Ansoff,<br />
esclarecendo-nos que a arena empresarial intensamente competitiva de amanhã e os<br />
novos mercados, para os quais estamos reinventando nossas empresas, exigem que a<br />
competitividade se torne uma qualidade presente na organização como um todo e que<br />
seus membros terão que aprender a reaprender continuamente. Ressalta ele que as<br />
diversas abordagens que visam à conscientização cada vez maior a respeito dessas<br />
necessidades emergentes e urgentes são voltadas para o "empowerment" (delegação de<br />
poderes), aprendizagem, rede de comunicações, parcerias e alianças estratégicas.<br />
Finaliza com a seguinte mensagem: “… a questão fundamental das organizações da<br />
próxima geração será a forma de gestão que facilitem a liberação da energia humana e<br />
que nela se concentrem”.<br />
Ainda dentro dessa abordagem, retornamos a Moggi & Burkhard (1996) que<br />
complementam as idéias de Ansoff e Berry, quando afirmam que o desafio de colocar a<br />
empresa e seus recursos voltados para o mercado exige tempo, coragem, persistência e<br />
paciência e, quando consolidado, esse novo patamar se torna um diferencial competitivo<br />
definitivo. <strong>Como</strong> a mudança cultural é um fenômeno de aprendizagem coletiva, exclusivo<br />
70