A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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Lawrence & Lorsch (1972) salientam que tudo começa com as necessidades dos<br />
homens e para atendê-las eles procuram criar e desenvolver organizações. Acreditam os<br />
autores que eles (os indivíduos) dão início a novas organizações ou contribuem para as já<br />
existentes, porque, desse modo, encontram melhores soluções para os problemas<br />
ambientais com que se defrontam. Resumem então: “... nós tendemos a pensar em<br />
organizações como tendo um objetivo, mas este não é literalmente o caso: as pessoas<br />
têm objetivos, as organizações não os têm.” Por fim, os autores definem uma organização<br />
como a coordenação de diferentes atividades de contribuintes individuais com a finalidade<br />
de efetuar transações planejadas com o ambiente.<br />
Recorrendo, ainda, a Shein, que nos dá uma outra grande contribuição,<br />
esclarecendo que, em primeiro lugar, a organização deve conceber-se como um sistema<br />
aberto, o que significa que deva estar em constante interação com o meio; em segundo<br />
lugar, que a organização deve ser concebida como um sistema com múltiplos fins ou<br />
funções, que envolvem múltiplas interações entre ela e o meio; em terceiro lugar, que a<br />
organização compõe-se de muitos subsistemas que estão em interseção dinâmica uns<br />
com os outros; em quarto lugar, devido à dependência mútua dos subsistemas que<br />
compõem a organização, as modificações num subsistema têm toda a probabilidade de<br />
afetar o comportamento de todos os outros; e em quinto lugar, a organização existe num<br />
meio dinâmico que consiste noutros sistemas, uns maiores, outros menores do que a<br />
organização.<br />
Valença (1997), se baseando na obra de Chris Argyris & Donald Schön, “Theory in<br />
Practice”, 1974, caracteriza o ambiente interno das organizações atuais como artificial,<br />
porque adotam propriedades consideradas mais estruturantes. Para o autor, há<br />
procedimentos para a divisão do trabalho, para a padronização das tarefas, para a<br />
medição e monitoração quantitativas de resultados e para controles e avaliações<br />
unilaterais. Neste sentido, as organizações se tornam ambientes artificiais, nos quais há<br />
técnicas de gestão mais apropriadas, que são consideradas e apreciadas, e outras<br />
técnicas, que são excluídas e tidas como ineficazes. Isso significa que eles são<br />
concebidos para permitir ao profissional a realização e o alcance dos objetivos, portanto,<br />
para controlar unilateralmente a tarefa e o ambiente e para interferir no comportamento<br />
dos clientes e de outros. São ambientes voltados para a racionalização no sentido de<br />
adquirir e aplicar métodos e técnicas formuladas e aceitas e, portanto, para manipular o<br />
ambiente de forma a alcançar os resultados que sejam medidos quantitativamente. <strong>Como</strong><br />
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