A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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e suas inter-relações; o terceiro atributo, que as empresas do século XXI necessitarão, é<br />
a capacidade de conversação, sendo essa a maior ferramenta de aprendizado da<br />
organização - mais importante do que computadores ou pesquisa sofisticada; finalmente,<br />
a quarta é a adesão voluntária, onde nossos líderes, em sua maioria, devem conquistar<br />
seguidores voluntários, e não pensar em termos de controlá-los. Para Ashkenas (1997),<br />
as organizações do futuro não mais estabelecerão limites para separar pessoas, tarefas,<br />
processos e lugares, em vez disso, o foco dessas organizações se concentrará em como<br />
atravessar essas fronteiras. Isto significa transferir rapidamente idéias, informações,<br />
decisões, recursos, recompensas e providências para onde são mais necessários. Isso<br />
não traduz que tal organização não terá fronteiras. Pelo contrário, Ashkenas responde<br />
que elas são necessárias para separar pessoas, processos e produção; para manter o<br />
foco e a distinção; para dar forma à organização. Sem essas fronteiras as organizações<br />
estariam desorganizadas, isto é, as pessoas não saberiam o que fazer - não haveria<br />
diferenciação entre tarefas, coordenação de recursos e habilidades, ou um senso claro de<br />
direção. Nessa mesma linha, Handy (1995) nos adianta que uma coisa é certa: “... as<br />
organizações do próximo século serão muito diferentes”. Muito das análises passadas e<br />
textos sobre o assunto serão, segundo o autor, com toda a franqueza, impróprios ou, na<br />
melhor das hipóteses, irrelevantes. Assim com esses alertas será preciso reformular o<br />
conceito de organização e repensar as razões e as finalidades de sua existência. Handy<br />
salienta que essa é uma tarefa mais indicada para um filósofo do que para um<br />
pesquisador, pois o primeiro coloca questões ainda não respondidas e apresenta<br />
respostas novas demais para serem estudadas em ação. Nesse sentido Handy nos<br />
oferece uma fórmula dramática que marcará as características da organização do futuro,<br />
ou seja: ½ x 2 x 3, onde metade das pessoas estará empregada no futuro, recebendo o<br />
dobro da remuneração (e trabalhando duas vezes mais), mas produzindo três vezes mais.<br />
Para Porter (1989), neste cenário de exigências nunca antes experimentado por nossas<br />
organizações, estão sendo formados novos tipos de organizações. Ele as chama de<br />
emergentes. Para ele, não existem regras que conduzam ou direcionem uma “Empresa<br />
Emergente”, sendo, portanto, sua característica essencial. O problema competitivo neste<br />
tipo de Empresa é que todas as regras devem ser estabelecidas de modo que a Empresa<br />
possa competir e prosperar sujeita a elas. “A ausência de regras é ao mesmo tempo um<br />
risco e uma fonte de oportunidade; de qualquer modo, isto tem que ser controlado”,<br />
salienta Porter.<br />
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