A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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gerenciamento, novos mercados. Dessa forma, essas exigências são imperativas para as<br />
organizações, cobrando novas formas de gerenciamento, que incluem decisões rápidas<br />
sobre fatos novos, para os quais não se pode contar com regras preestabelecidas. Neste<br />
caso, vem sendo exigido das lideranças e de outros membros da força de trabalho das<br />
organizações uma elevada dose de capacidade criativa. Porém, introduzir uma inovação<br />
não parece muito simples, tendo em vista que a resistência a qualquer mudança é algo<br />
muito freqüente na organização. Tanto isso é verdade que Alencar (1996) recorre a<br />
Beveridge, biólogo e professor da Universidade de Cambridge, que nos lembra: “a mente<br />
humana resiste a uma nova idéia, da mesma forma como o nosso organismo enfrenta um<br />
elemento estranho, rejeitando-a com igual intensidade”. A autora constata que a<br />
criatividade vem sendo um tema atrativo para vários profissionais dos mais diversos<br />
setores, sendo pesquisada por diversas disciplinas, como Administração, Economia,<br />
Arquitetura, Engenharia, Filosofia, Matemática, Psicologia, entre muitas outras.<br />
Recorrendo a História, Alencar nos apresenta diversas interpretações que aqui<br />
sintetizamos:<br />
a) os gregos concebiam a criatividade como um estado místico de receptividade a algum<br />
tipo de mensagem proveniente de entidades divinas e invocavam as musas em busca da<br />
inspiração;<br />
b) o pensamento ocidental da concepção do indivíduo criativo era expresso como um<br />
veículo das idéias divinas;<br />
c) a associação entre criatividade e loucura tem sido apontada, buscando-se nos<br />
distúrbios mentais a explicação para a natureza irracional e involuntária da criação, como<br />
uma tentativa de compensar desajustamentos ou como uma entre outras formas de<br />
exprimir conflitos inconscientes;<br />
d) a produção criativa como uma expressão de uma criatividade imanente em tudo o que<br />
existe no universo é também uma concepção muito conhecida.<br />
Agora nos interessa distinguir criatividade de inovação. Para Levitt (1985) a<br />
diferença entre a criatividade e a inovação é a seguinte: a criatividade é basicamente ter a<br />
idéia e, portanto, bastando ter um problema, um objetivo, conhecimentos específicos e<br />
gerais, o ser humano pode utilizar técnicas diversas que o levem a obter uma idéia;<br />
inovar, no entanto, é praticar a idéia, é colocá-la como ação efetivada. Em Tushman &<br />
Nadler (1997) nos deparamos com dois tipos de inovação: inovação de produto e<br />
inovação por processo. Baseando-se na Figura 4 “Tipos de Inovação”, descrevemos<br />
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