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A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...

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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />

_____________________________________________________________________________________________________<br />

c) a visão personalista ou psicologia humanista: preconiza que o indivíduo adulto<br />

determina seu próprio caminho, dirigindo-se para níveis mais elevados de<br />

autoconsciência. Há em cada indivíduo uma consciência que lhe permite significar e<br />

optar. Essa consciência autônoma e interna é a liberdade individual. Uma visão muito<br />

recente derivada desta abordagem é dada pela psicologia transpessoal;<br />

d) a visão holística do ser humano: foi desenvolvida pelo cientista e pensador austríaco<br />

Rudolf Steiner e integra todas as visões apresentadas. Nela, encontramos a visão<br />

mais abrangente, arquetípica e esclarecedora sobre o ser humano.<br />

Nessa linha, em consonância com a visão holística do ser humano, é que alguns<br />

autores, com o advento das novas tecnologias, revigoram suas esperanças e se propõem<br />

a repensar o conceito do trabalho, trazendo para o seu conteúdo mais significância.<br />

Dentre eles, podemos nos referir a Tofler (1980) que se concentra na imposição de um<br />

tipo de força de trabalho radicalmente diferente. Segundo ele, o novo mundo dos<br />

negócios se concentra na circulação de conhecimento, o que exige do trabalhador uma<br />

vasta gama de habilidades culturais e interpessoais. Afirma ele que qualquer estratégia<br />

eficiente de redução de desemprego numa economia supersimbólica dependeria, pois,<br />

mais de distribuição de conhecimento do que de distribuição de riqueza. Nesse caso,<br />

segundo o autor, o proletariado estaria sendo substituído pelo "cognitariado" e, com isto,<br />

começariam a surgir novas "castas" sociais, conforme o nível de envolvimento da pessoa<br />

com o processo de geração de informações e conforme o tipo de acesso que teria a<br />

estas. Sintetiza o autor que os trabalhos, puramente simbólicos, seriam aqueles<br />

responsáveis pela transmissão ou geração de informações; os trabalhos mistos<br />

envolveriam trabalho físico e a "manipulação" das informações; os trabalhos puramente<br />

manuais estariam condenados ao desaparecimento, pois toda tarefa repetitiva e simples<br />

pode ser feita sem "pensar" e, conseqüentemente, é candidata à robotização.<br />

Verificamos em alguns autores uma crítica, bastante relevante, na qual se afirma<br />

que novamente se observa um reducionismo, ao se desmembrar o homem em um ser<br />

físico e outro mental, como se ambos não estivessem estritamente relacionados e não<br />

fossem um. Para reforçar essa sua análise, Schumacher 13 nos alerta: "…a difundida<br />

substituição do esforço braçal pelo esforço mental não teve vantagens no nosso ponto de<br />

vista. Trabalho físico adequado, mesmo que desgastante, não absorve grande parte do<br />

13 Schumacher, Ernst Friedrich. Good Work. New York: Harper & Row Publishers, 1979, pp. 25.<br />

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