A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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pressupostos básicos, que normalmente são inconscientes, mas que, na realidade,<br />
determinam como os membros do grupo percebem, pensam e sentem.<br />
Schein, no entanto, define cultura organizacional como “um conjunto de valores,<br />
expressos em elementos simbólicos e em práticas organizacionais, que em sua<br />
capacidade para ordenar, atribuir significações e construir a identidade organizacional<br />
tanto agem como elementos de comunicação e consenso como expressam e<br />
instrumentalizam relações de dominação”.<br />
Para Vasconcelos (1993), a cultura organizacional é, pois, fruto de um sistema de<br />
interações simbólicas, constituída por formas de expressão de um determinado grupo<br />
social, tais como, a produção de signos, linguagem, mitos, rituais, cerimônias, tabus,<br />
heróis, histórias, valores, arte, formas de comportamento, hábitos etc., representativos da<br />
“visão de mundo” ou do paradigma predominante na organização.<br />
Morgan (1986), por sua vez, define cultura como um processo de construção da<br />
realidade que permite às pessoas ver e compreender eventos específicos, ações, objetos,<br />
pronunciamentos ou situações de forma distinta. Esses padrões de compreensão também<br />
provêem uma base para tornar o próprio comportamento sensível e significativo.<br />
Alencar (1996) apresenta uma definição para cultura organizacional, baseando-se<br />
nos sistemas de crenças, normas, sentimentos e valores compartilhados pelos membros<br />
da organização que se espelha nas ações, especialmente daqueles que estão no topo da<br />
organização.<br />
Freitas (1997) nos fornece também sua definição do que entende por cultura<br />
organizacional: “...um conjunto de representações imaginárias sociais, construídas e<br />
reconstruídas nas relações cotidianas dentro da organização, que são expressas em<br />
termos de valores, normas, significados e interpretações, visando a um sentido de direção<br />
e unidade, e colocando a organização como a fonte de identidade e de reconhecimento<br />
para seus membros”.<br />
<strong>Como</strong> alguns administradores organizacionais tendem a tratar a cultura como um<br />
comportamento exótico ou irracional ou qualquer coisa na empresa a ser manipulada por<br />
eles, Fonseca (1991) nos revela que a abordagem que trata a cultura como alguma coisa<br />
que a organização é, em vez de encarar a cultura como algo importado da sociedade para<br />
dentro da organização ou como alguma ciosa criada pela gerência, admite que a cultura é<br />
o produto de símbolos e significados negociados e compartilhados que emerge da<br />
interação social. Esclarece a autora que a interpretação da cultura organizacional deve<br />
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