A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...

Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos
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intelectual. Logo, concluímos, com base nessa declaração de Drucker, que o aprendizado
na organização é o maior recurso a ser explorado como fator de competitividade.
Na mesma direção de Drucker, encontramos em Tolovi Jr. (1995) a declaração de
que o surgimento dos knowledge workers tem trazido uma série enorme de
conseqüências para a gestão das organizações, sendo pessoas mais capazes e mais
autônomas, esses profissionais trabalham com um grau de independência, porém mais
dependente de seus colegas em virtude dos resultados a alcançar. O autor observa
também que a situação parece não mais depender só da vontade de empresários e da
alta administração das empresas. “A pressão começa a surgir dos novos profissionais que
já conhecem esse estilo de trabalho e que não se sujeitam a trabalhar de maneira
diferente”, finaliza o autor.
Verificamos, então, que a informação passa a ser vista como ativo da organização para
possibilitar um alinhamento eficaz com o ambiente competitivo. Dessa forma, só se torna
revolucionária, quando gera riqueza e agrega valor a produtos. Pode ser utilizada por
muitos indivíduos sem ser consumida e incrementa o desenvolvimento cultural do homem
e sua qualidade de vida. Como o mundo transforma-se numa velocidade muito grande, ou
seja, o volume de informações circulando entre as pessoas é fantástico, os governos, as
organizações e até mesmo indivíduos que não estiverem aptos a gerenciar o processo de
mudanças podem estar, irremediavelmente, sendo excluídos do ambiente competitivo.
Em convergência com essa análise, Peters (1992) acrescenta: "… as novas
organizações são máquinas de processamento de informações puras... o conhecimento
integrado, tanto dentro quanto fora da empresa, e aplicado rapidamente, sendo a fonte de
quase todo o valor econômico... o trabalho intelectual domina cada vez mais na criação
do valor econômico".
Buscando somar nessa discussão, Fleury e Fleury(1995) salientam que se alguma
coisa é permanente, é a própria mudança e que o conceito de mudança, de inovação
organizacional, deve estar profundamente integrado com o conceito de aprendizagem.
Com base nessa argumentação, entendem os autores que está surgindo uma nova visão
da importância do recurso da aprendizagem como o único diferencial competitivo que
assegurará à empresa uma posição de liderança nessa "era da incerteza”. Afirmam eles
que nessa Sociedade da Informação, a aprendizagem - dos indivíduos e das empresas -
tornou-se uma variável estratégica bastante eficaz.
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