A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...

Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos
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capacidade de comunicação; habilidade de compreender o processo como um todo;
habilidade de adaptação a situações novas; e, habilidade/disposição para o aprendizado
contínuo.
Dentro da linha em que o recurso mais valioso da organização é ação funcional do
homem, verificamos que o ser humano é construtor ou co-criador de instituições sociais
(grupos, empresas, associações, sociedades, países etc) à imagem e semelhança da sua
estrutura mais sutil. Crendo na máxima que a empresa só se desenvolve se as pessoas
que a compõem se desenvolverem, e vice-versa, apresentamos a seguinte circularidade :
empresas de sucesso => investem em recursos humanos => e para terem mais sucesso
==> continuam investindo em recursos humanos. Alguns autores afirmam que bastaria um
caso de insucesso para desqualificar o rigor dessa circularidade.
Já Srour (1994) e Gonçalves (1997) acreditam no aparecimento da terceira
revolução industrial, esclarecendo que os trabalhadores são capacitados para a
polivalência e a multifuncionalidade, respondendo por um segmento da produção ou por
um produto por inteiro, além de serem avaliados por resultados não só individuais, mas
sobretudo coletivos. Constataram que muitas empresas têm obtido resultados notáveis,
organizando-se em função de processos e projetos, agrupando seu pessoal em times e
dando a eles autonomia sem precedentes. No entanto, sabemos que trabalhar
eficazmente em grupos não é intuitivo: para terem sucesso em suas novas tarefas, os
empregados precisarão de novos conhecimentos, novas habilidades e novos
comportamentos, desde a compreensão de processos inteiros até a solução de
problemas e a demonstração de iniciativa.
Nesta seção apresentamos estudos que buscam a ampliação do conceito do
trabalho, como fator de criação de mentes inconformistas ou mesmo rebeldes na
organização, voltadas simplesmente para soluções coletivas internas e externas. Com
isso, estará assegurada à organização o seu diferencial competitivo, extremamente
inovador. Analisou-se aqui as muitas escolas de pensamento que enxergam o homem de
maneiras diferentes, onde alguns autores, com o advento das novas tecnologias,
revigoram suas esperanças e se propõem a repensar o conceito do trabalho, trazendo
para o seu conteúdo mais significância, isto é, celeiro de inovações constantes. No
próximo capítulo, discutiremos como a organização pode se tornar o instrumento de
formação de cérebros revolucionários voltados para a competitividade.
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