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A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...

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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />

_____________________________________________________________________________________________________<br />

Bastos (1993) nos sugere, identificado com as distintas abordagens do construto de<br />

comprometimento, alguns fatores que considera principais:<br />

a) o enfoque afetivo<br />

Enfatiza-se a natureza afetiva do processo de identificação do indivíduo com os<br />

objetivos e valores da organização.<br />

b) enfoque instrumental<br />

O comprometimento é visto como função das recompensas e custos associados<br />

com a condição de integrante da organização.<br />

c) enfoque sociológico<br />

Nesse terceiro enfoque, com origem na Sociologia, trata-se de reconhecer o apego<br />

(attachment) 14 à organização empregadora, como significando que o vínculo do<br />

trabalhador é conceitualizado em termos das relações de autoridade que governam o<br />

controle do empregador e a subordinação dos trabalhadores.<br />

d) enfoque normativo<br />

O construto comprometimento é conceitualizado como o conjunto de pressões<br />

normativas internalizadas pelo indivíduo para que se comporte congruentemente com os<br />

objetivos e interesses da organização.<br />

e) enfoque comportamental<br />

O comprometimento é um vínculo do indivíduo com atos ou comportamentos,<br />

fazendo com que as cognições relativas a tais atos se tornem mais resistentes a<br />

mudanças posteriores.<br />

Um dos problemas levantados por Berry (1995) e Thiry-Chesques (1995),<br />

contrapondo-se a Bastos (1993) em sua classificação proposta acima, é que o<br />

comprometimento fica difícil se o grau de frustração dos trabalhadores, no tocante a falta<br />

de crença nas promessas dos empresários de melhorar suas condições no trabalho, for<br />

baixo. Isto é apresentado por Berry (1995) nas pesquisas sociais de Yankelovich e<br />

14 Halaby, C. N. & Weakliem, D. L. Worker control and attachment to the firm. American Journal of Sociology, VC.<br />

95, N. 3, pp. 549-591, 1989. Esses autores conceituam "apego" como o interesse do trabalhador em permanecer no seu<br />

emprego atual ou a expectativa de utilidade atribuída, pelo trabalhador, a dois cursos de ação - permanecer versus<br />

buscar novo emprego.<br />

Em trabalho mais recente, Os autores afirmam que tal conceituação captura a essência do que alguns chamam de<br />

"comprometimento organizacional", embora seja mais neutro e despido da conotação psicológica e afetiva associada a<br />

este termo. Concluem os autores: "...além do mais, na nossa definição simples de permanecer versus sair, o attachment<br />

pode ser revelado por expressões verbais e/ou comportamentais de um trabalhador”.<br />

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