A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
_____________________________________________________________________________________________________<br />
revolução da informação.” Continuam sua explanação, afirmando que setores<br />
inteiramente novos, hoje ainda em gestação, logo estarão nascendo e se transformando<br />
em megaoportunidades, sendo que muitas delas representam bilhões de dólares em<br />
possíveis receitas futuras. E finalizam com a célebre sentença: "o futuro é agora".<br />
Conhecedores que somos de que, com a globalização da economia, as empresas<br />
enfrentam um número maior de concorrentes, cada um deles capaz de introduzir novos<br />
produtos ou serviços no mercado, as organizações, visando à sua sobrevivência,<br />
diminuíram não apenas os ciclos de vida dos produtos e serviços, como também o tempo<br />
disponível para o desenvolvimento e o lançamento de novos produtos. Não obstante, o<br />
conceito de concorrência, tal como é conhecido atualmente, não começou a surgir antes<br />
da década de 1880. Ansoff & McDonnel (1993) afirmam que a idéia que vigorava, antes<br />
dessa época, era a de não enfrentar o concorrente diretamente no mercado, e sim de<br />
dominá-lo ou absorvê-lo. Salientam que a concepção de mercado era direta e simples: a<br />
empresa que oferecesse um produto homogêneo ao preço mais baixo sairia vencedora.<br />
Isto foi sucintamente resumido na frase de Henry Ford I que, em resposta a uma sugestão<br />
de diferenciação de produtos, disse a seu pessoal de vendas: “… dêem-no (o Modelo T) a<br />
eles em qualquer cor, desde que seja preto”. Portanto, o marketing moderno, como o<br />
conhecemos hoje, ainda estava por ser desenvolvido.<br />
Já para Possas (1996), o tema da competitividade, apesar das dificuldades que<br />
apresenta para a formulação teórica e, talvez principalmente, para a mensuração,<br />
envolvendo indicadores, por vezes tão complicados quanto pouco objetivos, tem atraído<br />
um interesse surpreendente não só entre estudiosos afins, como também de governos,<br />
formuladores de política, agências oficiais nacionais e internacionais, empresários e<br />
mesmo da imprensa. Por ser bastante polêmico e de interesse da coletividade acadêmica,<br />
o autor acrescenta que esse tema parece indicar que se tratava de mais um modismo de<br />
época, tendo como cenário a chamada terceira revolução industrial (onde o pano de fundo<br />
é o processo da globalização produtiva e financeira: como atores, os grandes grupos<br />
transnacionais globalizados; como palco, a economia mundial; e, como enredo, a<br />
concorrência capitalista em nova fase competitiva).<br />
Na visão neo-schumpeteriana, para Possas, a atividade econômica é voltada para o<br />
lucro, em face das novas oportunidades de abertura de espaços econômicos passíveis de<br />
apropriação privada, ou seja, de criação de vantagens competitivas que possam ser<br />
convertidas em lucros monopolistas, temporários ou não. Porém, ressalta que se o locus<br />
19