A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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que, em determinadas circunstâncias, faria agora com que ela “renascesse” diversas<br />
vezes durante o transcorrer de sua existência.<br />
Encontramos em Hill & Amabile (1993) a analogia entre a inovação organizacional<br />
com à criatividade individual. Chamam até de organização criativa, ou seja, aquela que<br />
valoriza o potencial para a competência, responsabilidade e ação, indo de encontro com a<br />
prática presente em nossa sociedade de promover um constante desperdício de potencial<br />
criativo. Caracteriza-se, segundo eles, por uma cultura que reconhece o potencial<br />
ilimitado de seus recursos humanos, que cultiva a harmonia do grupo, que estabelece<br />
expectativas apropriadas, que tolera as diferenças e que reconhece as habilidades e<br />
esforços de cada indivíduo. Descrevem, em seguida, os fatores básicos que compõem as<br />
organizações criativas:<br />
a) Recursos: dizem respeito a fundos, materiais, pessoas e informações disponíveis para<br />
se realizar o trabalho. Tais recursos, entretanto, podem ou não ser usados de forma<br />
criativa;<br />
b) Técnicas: incluem competências no gerenciamento da inovação, presentes nos<br />
distintos níveis da organização e voltadas para a concepção, desenvolvimento e<br />
implementação de idéias criativas;<br />
Motivação: esse fator é considerado o componente mais importante tanto no nível<br />
individual como organizacional. Lembram Hill & Amabile que os recursos e as<br />
competências de gerenciamento tornam a inovação possível, considerando, entretanto,<br />
que o elemento catalisador é a motivação para inovar, que engloba uma orientação para o<br />
futuro e uma visão orientada ao risco, sobretudo por parte dos escalões superiores da<br />
organização.<br />
A pergunta a que nos propomos agora é como se deve desenvolver o processo<br />
criativo nas organizações que convivem com uma intensa competitividade mercadológica.<br />
Buscando, através da criatividade nas organizações, a compreensão da criatividade<br />
individual, verificamos em Freud, o pai da psicanálise, que definia a criatividade<br />
individual, em sua obra “O Poeta e a Fantasia”, como originária de um conflito dentro do<br />
inconsciente (id), sendo que, mais cedo ou mais tarde, o inconsciente produz uma<br />
solução para esse conflito. Defendia ele que se a solução reforça uma atividade<br />
pretendida pelo ego, ou seja, pela parte consciente da personalidade, teremos como<br />
resultado um comportamento criador. Encontramos respostas também em Duailibi &<br />
Simonsen (1971) que afirmam: “o homem feliz jamais fantasia, mas o insatisfeito sim; os<br />
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