A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
_____________________________________________________________________________________________________<br />
sobre outros, ou são ignorantes ou indiferentes para com outros mais). O modelo desses<br />
três paradigmas convivem simultaneamente dentro da organização.<br />
Fleury (1993), outro teórico favorável ao gerenciamento da cultura organizacional,<br />
observa que à medida que uma organização se desenvolve no tempo, certos padrões de<br />
relações externas e internas, certas formas de resolver os problemas vão se<br />
consolidando, por isso identifica três tipos de mudanças culturais nas organizações:<br />
• a mudança aparente, quando a organização realiza alguma mudança a fim de<br />
preservar sua cultura;<br />
• a mudança revolucionária, quando os novos valores incorporados são antagônicos<br />
aos anteriores. Isto representa um grande esforço dos membros fundadores, que<br />
construíram a identidade organizacional, de substituir valores antigos por novos valores;<br />
• a mudança gradual, quando os novos valores propostos são complementares aos<br />
existentes, ampliando o leque de alternativas para a solução de problemas.<br />
Nesta seção, buscamos saber até que ponto a cultura é gerenciável, analisamos a<br />
posição de alguns autores que nos mostra a importância dos diversos fatores que<br />
compõem a cultura organizacional, como também a tentativa de se definir uma tipologia<br />
para a cultura e, finalmente, como se processa uma mudança cultural. Assim,<br />
acreditamos que a cultura é gerenciável e que a mudança revolucionária proposta por<br />
Fleury (1993) parece-nos ser a mais adequada se estivermos direcionados para o<br />
desenvolvimento de uma cultura organizacional revolucionária.<br />
Pretendeu-se no capítulo 2 oferecer uma visão sucinta de alguns pensamentos<br />
direcionados para a compreensão do que julgamos a essência comportamental da<br />
organização. Foram analisados os diversos comportamentos, adotados<br />
pelas organizações, em face do cenário de exigências, preconizadas para o século XXI,<br />
onde não conseguimos adaptar os mesmos paradigmas encontrados nas formas<br />
tradicionais de organização. Para isso, constatou-se a necessidade de se fomentar a<br />
criatividade e a inovação nas organizações. Foi descrito também sobre as medidas<br />
necessárias para se desenvolver processos que estimulem a criatividade individual, como<br />
também das dificuldades de isso acontecer efetivamente. Neste caso, concluiu-se que a<br />
cultura pode ser gerenciável e que a mudança revolucionária está mais de acordo com as<br />
pretensões de uma baseada no inconformismo. No próximo capítulo, analisaremos os<br />
motivos e as condições necessárias para a formação de uma organização estritamente<br />
revolucionária, denominada por nós, de inconformista.<br />
51