A ORGANIZAO INCONFORMISTA: Como identificar e transformar ...
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Currículo Permanente - Administração da Justiça: Gestão e Planejamento - 2007 Celso José de Campos<br />
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de cada empresa, como vimos anteriormente, os autores afirmam que quem aprende não<br />
é a empresa, mas, sim, as pessoas individualmente e em grupo. O concorrente,<br />
asseguram eles, nunca poderá queimar etapas nesse processo porque, como entidade<br />
viva, a empresa também não pode dar saltos no seu processo evolutivo.<br />
Fillion (1993), por sua vez, oferece uma excelente contribuição a essa discussão,<br />
entendendo que o ser humano passa a ser, no futuro, o único diferencial competitivo das<br />
organizações. Declara o autor que o indivíduo, nesse caso, torna-se um líder que guia<br />
toda uma equipe em direção à meta; um líder que cria uma cultura de aprendizado para si<br />
mesmo, transmissível às pessoas que se encontram ao seu redor. Tornar-se também,<br />
continua o autor, um pensador com visão, "um visionário", implicando ser alguém capaz<br />
de atingir o equilíbrio entre o fazer e o sonhar. “Delegar o sonho que leva a uma visão é<br />
difícil, mas deve-se delegar o fazer aquilo que se tiver sonhado”, salienta Fillion.<br />
Kofman & Senge (1993) nos alertam que o aprendizado pode também ocorrer<br />
entre o medo e a necessidade. Por um lado, esclarecem eles: "… nós sentimos a<br />
necessidade de mudar para atingirmos nossos objetivos; por outro lado, nós sentimos a<br />
ansiedade de encarar o desconhecido e o não familiar”. Para aprender coisas<br />
significativas, sugerem eles que devemos eliminar algumas noções básicas sobre nossos<br />
mundos e sobre nós mesmos. “Este é uma das mais apavorantes proposições para o<br />
ego”, finalizam.<br />
Tofler & Tofler (1995) vão ainda mais longe na questão da necessidade intrínseca<br />
das pessoas para aprender, independente das adversidades naturais, afirmando: "...<br />
estamos criando novas redes de conhecimento..., interligando conceitos de maneiras<br />
surpreendentes..., construindo espantosas hierarquias de ingerência…, gerando novas<br />
teorias, hipóteses e imagens, baseadas em novas suposições, novas linguagens, códigos<br />
e lógicas. O mais importante, porém, é que estamos inter-relacionando dados de várias<br />
maneiras, dando-lhes contexto e, assim, incorporando-os à informação; e estamos<br />
montando blocos de informação em modelos cada vez maiores de arquiteturas de<br />
conhecimento".<br />
Levey & Levey (1995) inserem nesse debate a idéia de que o aprendizado<br />
requerido é, antes de mais nada, transformacional, e nos propõe uma poderosa<br />
ferramenta, denominada de "roda do aprendizado", onde são incluídos dois caminhos<br />
complementares: o caminho da “inovação” e do “desenvolvimento” e o caminho do<br />
"insight" e “descobrimento”. Baseando-nos na figura proposta por esses autores,<br />
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