Maravilhosa Graça - Noiva de Cristo
Maravilhosa Graça - Noiva de Cristo
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possa ensinar o mundo a amar.<br />
Colson cita um exemplo comovente <strong>de</strong> um cristão que obe<strong>de</strong>ceu ao mandamento do amor, em vez <strong>de</strong> às<br />
regras do po<strong>de</strong>r. Depois que o presi<strong>de</strong>nte Nixon renunciou, <strong>de</strong>sacreditado, retirou-se para sua proprieda<strong>de</strong> em<br />
San Clemente para viver em virtual isolamento. Uma vez que os políticos não queriam manchar sua própria<br />
reputação sendo vistos com ele, Nixon tinha poucas visitas no início. Uma exceção foi Mark Hartfield, um<br />
cristão sincero que muitas vezes se opusera a Nixon no Senado dos Estados Unidos. Colson perguntou a<br />
Hartfield por que ele se arriscava a viajar até San Clemente. "Faço isso para que o sr. Nixon saiba que alguém o<br />
ama", Hartfield respon<strong>de</strong>u.<br />
Conheço algumas das ofensas que Billy Graham recebeu por visitar Bill e Hillary Clinton e por orar na posse<br />
<strong>de</strong> Clinton. Graham também acredita que o mandamento transcen<strong>de</strong> as diferenças políticas, e por isto tem<br />
ministrado a cada presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>s<strong>de</strong> Harry Truman, apesar da política. Em uma entrevista particular, perguntei ao<br />
reverendo Billy Graham com que presi<strong>de</strong>nte ele passou mais tempo. Para surpresa minha, ele citou Lyndon<br />
Johnson, um homem com o qual tinha profundas diferenças políticas. Mas Johnson tinha medo da morte e<br />
"sempre queria um pastor por perto". Para Graham, a pessoa era mais importante do que a política.<br />
Durante a era Bréfnev, no auge da Guerra Fria, Billy Graham visitou a Rússia e encontrou-se com lí<strong>de</strong>res do<br />
governo e da igreja. Os conservadores em casa o reprovaram por tratar os russos com tanta cortesia e respeito. Ele<br />
<strong>de</strong>veria ter assumido um papel mais profético, disseram, con<strong>de</strong>nando os abusos dos direitos humanos e da<br />
liberda<strong>de</strong> religiosa. Um dos críticos o acusou <strong>de</strong> fazer a igreja retroce<strong>de</strong>r cinqüenta anos. Graham ouviu, abaixou<br />
a cabeça e respon<strong>de</strong>u: "Estou profundamente envergonhado. Tenho-me esforçado muito para fazer a igreja<br />
retroce<strong>de</strong>r dois mil anos".<br />
A política traça linhas entre pessoas; em contraste, o amor <strong>de</strong> Jesus passa por cima <strong>de</strong>ssas linhas e dispensa<br />
graça. Isso não significa, naturalmente, que os cristãos não <strong>de</strong>veriam se envolver em política. Significa<br />
simplesmente que, ao fazê-lo, não <strong>de</strong>vemos permitir que as regras do po<strong>de</strong>r <strong>de</strong>salojem o mandamento do amor.<br />
Ron Si<strong>de</strong>r" disse:<br />
Imagine o impacto se a primeira coisa que as feministas radicais pensassem quando a conversa se voltasse<br />
para os homens evangélicos fosse que eles tinham a melhor reputação em manter os votos matrimoniais e em<br />
servir a suas esposas à maneira difícil <strong>de</strong> Jesus na cruz. Pense no impacto se a primeira coisa que a<br />
comunida<strong>de</strong> homossexual pensasse quando alguém mencionasse os evangélicos fosse que eram pessoas que<br />
dirigiam com amor abrigos para aidéticos e cuidavam <strong>de</strong>les carinhosamente até o último suspiro. Um exemplo<br />
um pouco mais sólido e uma mordomia mais difícil valem mais que milhares <strong>de</strong> palavras verda<strong>de</strong>iras<br />
enunciadas com aspereza.<br />
Uma amiga minha trabalhava em um centro <strong>de</strong> aconselhamento para grávidas. Católica sincera, aconselhava as<br />
clientes a fazer sua escolha contra o aborto e a <strong>de</strong>ixar que ela encontrasse pais adotivos para os bebês. Uma vez<br />
que se localizava perto <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> importante, as ativistas da pró-escolha, com freqüência, faziam<br />
passeatas na frente do centro <strong>de</strong> aconselhamento. Em um dia frio e nebuloso <strong>de</strong> Michigan, minha amiga mandou<br />
buscar umas rosquinhas com café, encomendando o suficiente para todas as ativistas que se opunham ao seu<br />
trabalho. Quando chegou o alimento, ela saiu pessoalmente e o ofereceu às suas "inimigas".<br />
"Sei que discordamos neste assunto", ela lhes informou. "Mas ainda as respeito como pessoas, e sei que<br />
<strong>de</strong>vem sentir frio ficando aí fora o dia inteiro. Pensei que po<strong>de</strong>riam precisar comer alguma coisa."<br />
As ativistas ficaram sem fala. Gaguejaram palavras <strong>de</strong> gratidão e ficaram olhando para o café, embora muitas<br />
se recusassem a bebê-lo (será que ela não o tinha batizado com veneno?).<br />
Nós, cristãos, po<strong>de</strong>mos resolver entrar na arena do po<strong>de</strong>r, mas, quando o fizermos, não <strong>de</strong>vemos atrever-nos a<br />
<strong>de</strong>ixar o amor para trás. "O po<strong>de</strong>r sem amor é impru<strong>de</strong>nte e abusivo", disse Martin Luther King Jr. "O po<strong>de</strong>r é<br />
principalmente o amor implementando as exigências da justiça."<br />
Friedrich Nietzsche 8 acusava a igreja cristã <strong>de</strong> ter "apoiado tudo o que é fraco, vil e ina<strong>de</strong>quado". Ele zombava <strong>de</strong><br />
uma religião piedosa que negava a teoria da evolução e suas regras favorecendo o po<strong>de</strong>r e a competição.<br />
Nietzsche colocou o <strong>de</strong>do no escândalo da graça, um escândalo que retrocedia ao "Deus na cruz".<br />
Nietzsche estava certo. Nas parábolas <strong>de</strong> Jesus, os ricos e sadios nunca pareciam ter entrada na festa <strong>de</strong><br />
casamento, enquanto os pobres e os fracos vinham correndo. E, através dos anos, os santos cristãos escolheram os<br />
objetos mais antidarwiniamos para o seu amor. As freiras da madre Teresa cumulam <strong>de</strong> cuidados os miseráveis<br />
sem lar que ainda têm alguns dias, se não horas, <strong>de</strong> vida. Jean Vanier, fundador do movimento "l`Arche"(O<br />
Arco), mora em uma casa que emprega <strong>de</strong>zessete ajudantes para trabalhar com <strong>de</strong>z homens e <strong>de</strong>z mulheres<br />
mentalmente perturbados, nenhum dos quais jamais será capaz <strong>de</strong> falar ou coor<strong>de</strong>nar seus próprios movimentos.<br />
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