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Maravilhosa Graça - Noiva de Cristo

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"Acabe e Jezabel". E a própria <strong>de</strong>nominação batista do Sul estava sendo pressionada para censurar a igreja <strong>de</strong><br />

Clinton em Arkansas por não excluir o presi<strong>de</strong>nte do seu rol <strong>de</strong> membros.<br />

Resumindo, o presi<strong>de</strong>nte não havia experimentado muita graça por parte dos cristãos. — Estou na política o<br />

suficiente para esperar críticas e hostilida<strong>de</strong> — o presi<strong>de</strong>nte nos disse. — Mas não estou preparado para o ódio<br />

que recebi dos cristãos. Por que os cristãos o<strong>de</strong>iam tanto?<br />

Naturalmente, todos os que se encontravam na Sala <strong>de</strong> Jantar Lincoln, naquela manhã, sabiam por que o<br />

presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong>spertava tanta animosida<strong>de</strong> entre os cristãos. Sua política a respeito do aborto e dos direitos<br />

homossexuais, particularmente, junto com os relatórios <strong>de</strong> seus próprios fracassos morais, tornava difícil para<br />

muitos cristãos levar a sério a profissão <strong>de</strong> fé <strong>de</strong>le. Um respeitado lí<strong>de</strong>r cristão havia me <strong>de</strong>clarado<br />

categoricamente: "Bill Clinton não po<strong>de</strong> naturalmente ser sincero a respeito <strong>de</strong> sua fé e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os pontos <strong>de</strong><br />

vista que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>".<br />

Escrevi um artigo a respeito do café da manha e, alguns meses <strong>de</strong>pois, recebi outro convite da Casa Branca,<br />

<strong>de</strong>sta vez oferecendo uma entrevista exclusiva do presi<strong>de</strong>nte para a revista. A entrevista teve lugar em fevereiro<br />

<strong>de</strong> 1994, a maior parte <strong>de</strong>la realizada na limusine presi<strong>de</strong>ncial. Depois que o sr. Clinton fez um discurso em uma<br />

escola no centro da cida<strong>de</strong>, eu e David Neff, o editor da Christianity Today, o acompanhamos na longa corrida <strong>de</strong><br />

volta à Casa Branca, on<strong>de</strong> continuaríamos a conversa no Escritório Oval. Á limusine, embora espaçosa, tolhia as<br />

longas pernas <strong>de</strong> Clinton sentado à nossa frente. Tomando goles <strong>de</strong> água em um copo <strong>de</strong> papel para aliviar a sua<br />

constantemente irritada garganta, o presi<strong>de</strong>nte respon<strong>de</strong>u às nossas perguntas.<br />

Gran<strong>de</strong> parte da conversa girou em torno da questão do aborto. David Neff e eu tínhamos estrategicamente<br />

planejado como introduzir as perguntas difíceis, mas aconteceu que elas vieram à tona naturalmente. Naquela<br />

manha, todos nós tínhamos estado no "Café da manhã com oração nacional" e ouvimos madre Teresa criticando<br />

ousadamente o presi<strong>de</strong>nte pela praga do aborto neste país. Clinton havia-se encontrado com ela particularmente<br />

<strong>de</strong>pois do café e parecia ansioso por continuar a discussão conosco.<br />

Meu artigo resultante <strong>de</strong>ssa conversa, "A charada da fé <strong>de</strong> Bill Clinton", apresentava seus pontos <strong>de</strong> vista e<br />

também explorava a pergunta levantada pelo meu amigo. Po<strong>de</strong>ria Bill Clinton ser sincero a respeito <strong>de</strong> sua fé,<br />

<strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo os pontos <strong>de</strong> vista que <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>? Eu havia feito muita pesquisa, inclusive conversei com seus amigos e<br />

colegas <strong>de</strong> infância e a evidência parecia clara: a fé <strong>de</strong> Clinton não era uma postura assumida como expediente<br />

político, mas parte integrante do que ele era. Com exceção do período da faculda<strong>de</strong>, ele freqüentava a igreja<br />

fielmente, apoiou Billy Graham a vida toda e era ávido estudante da Bíblia. Quando perguntei que livros cristãos<br />

havia lido mais recentemente, ele mencionou títulos <strong>de</strong> Richard Mouw (presi<strong>de</strong>nte do Seminário Teológico<br />

Fuller) e Tony Campolo.<br />

Na verda<strong>de</strong>, achei quase impossível enten<strong>de</strong>r os Clinton à parte <strong>de</strong> sua fé religiosa. Hillary Clinton, metodista<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> criança, crê que fomos colocados no mundo para fazer o bem e servir aos outros. Bill Clinton, um batista do<br />

Sul, foi criado na tradição do reavivamento e <strong>de</strong> "ir à frente" para confessar os pecados. É claro que ele faz muita<br />

bagunça durante a semana — todo mundo não faz? — mas, aos domingos, vai à igreja, confessa seus pecados e<br />

começa tudo <strong>de</strong> novo.<br />

Depois da entrevista escrevi o que pensava ser uma avaliação equilibrada do presi<strong>de</strong>nte Clinton e sua fé, dando<br />

espaço consi<strong>de</strong>rável à questão do aborto, na qual fiz um contraste entre sua posição in<strong>de</strong>finida e os absolutos<br />

morais <strong>de</strong> madre Teresa. Eu estava totalmente <strong>de</strong>spreparado para a reação tempestuosa. Fico imaginando se meu<br />

carteiro vai recuperar-se do esforço violento <strong>de</strong> arrastar malas <strong>de</strong> cartas zangadas para a minha caixa do correio.<br />

"Você diz que Clinton tem conhecimento bíblico", dizia um, "bem, o diabo também tem! Você foi enganado".<br />

Muitos signatários <strong>de</strong>fendiam que os evangélicos não <strong>de</strong>veriam nunca se encontrar com o presi<strong>de</strong>nte. Seis<br />

traçavam paralelos com Adolf Hitler, que cinicamente usou pastores para os seus próprios propósitos. Outros nos<br />

compararam com a igreja amedrontada por Stalin. Outros lembraram-se <strong>de</strong> cenas bíblicas <strong>de</strong> confrontação: João<br />

Batista e Hero<strong>de</strong>s, Elias e Acabe, Nata e Davi. Por que eu não tinha agido mais como um profeta, sacudindo o<br />

meu <strong>de</strong>do diante do rosto do presi<strong>de</strong>nte?<br />

Uma pessoa escreveu: "Se Philip Yancey visse uma criança que estivesse prestes a ser atropelada por um trem<br />

<strong>de</strong> carga, creio que ficaria confortavelmente fora do caminho e amorosamente pediria à criança que se mexesse,<br />

em vez <strong>de</strong> se esforçar gritando e empurrando a criança para fora do perigo".<br />

Menos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z por cento das cartas tinham coisas positivas a dizer. E o tom vicioso dos ataques pessoais me<br />

apanharam <strong>de</strong>sprevenido. Um leitor escreveu: "Talvez a mudança das planícies do centro-oeste para a atmosfera<br />

rarefeita e reclusa do Colorado provocaram um curto-circuito na provisão <strong>de</strong> oxigênio do sr. Yancey e prejudicaram<br />

o seu discernimento". E outro: "Espero que Philip Yancey tenha <strong>de</strong>sfrutado dos <strong>de</strong>liciosos ovos à<br />

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