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Maravilhosa Graça - Noiva de Cristo

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nível da socieda<strong>de</strong>".<br />

A guerra cultural está a caminho. Ironicamente, cada ano a igreja nos Estados Unidos se aproxima mais e mais<br />

da situação enfrentada pela igreja do Novo Testamento: uma minoria ameaçada vivendo em uma socieda<strong>de</strong><br />

pluralista, paga. Os cristãos em lugares como o Sri Lanka, Tibete, Sudão e Arábia Saudita enfrentam a hostilida<strong>de</strong><br />

franca do governo há anos. Mas, nos Estados Unidos, com uma história tão compatível com a fé, não gostamos<br />

disso.<br />

Como po<strong>de</strong>m os cristãos dispensar graça em uma socieda<strong>de</strong> que parece estar se <strong>de</strong>sviando <strong>de</strong> Deus? A Bíblia<br />

oferece muitos mo<strong>de</strong>los diferentes <strong>de</strong> respostas. Elias escon<strong>de</strong>u-se em cavernas e <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ou raios sobre o<br />

regime pagâo <strong>de</strong> Acabe; seu contemporâneo Obadias cooperou com o sistema, dirigindo o palácio <strong>de</strong> Acabe<br />

enquanto abrigava os verda<strong>de</strong>iros profetas <strong>de</strong> Deus ao lado. Ester e Daniel foram usados por impérios pagaos;<br />

Jonas invocou o juízo sobre outro império. Jesus submeteu-se ao julgamento <strong>de</strong> um governador romano; Paulo<br />

pediu que o seu caso fosse conduzido ao imperador.<br />

Para complicar ainda mais as coisas, a Bíblia nao dá conselho direto aos cidadãos <strong>de</strong> uma <strong>de</strong>mocracia. Paulo e<br />

Pedro insistiam com seus leitores que se submetessem às autorida<strong>de</strong>s e honrassem o rei, mas, em uma<br />

<strong>de</strong>mocracia, nós, cidadãos, somos o "rei". Dificilmente po<strong>de</strong>mos ignorar o governo quando, por direito<br />

constitucional, formamos o governo. E se os cristãos formam uma maioria, por que não se proclamar uma<br />

"maioria moral" e formar a cultura à nossa semelhança?<br />

Quando uma forma <strong>de</strong> consenso cristão dominava nos Estados Unidos, essas questões eram menos urgentes.<br />

Agora todos nós que amamos nossa fé e também a nossa nação temos <strong>de</strong> <strong>de</strong>cidir como melhor expressar esse<br />

cuidado. Eu ofereço três conclusões preliminares que <strong>de</strong>veriam ser aplicadas, haja o que houver, no futuro.<br />

Primeiro, <strong>de</strong>ve ter ficado claro que creio que dispensar a graça <strong>de</strong> Deus é a principal contribuição cristã. Como<br />

disse Gordon MacDonald, o mundo po<strong>de</strong> fazer qualquer coisa que a igreja po<strong>de</strong>, exceto uma: o mundo não po<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>monstrar graça. Em minha opinião, os cristãos não estão fazendo um bom trabalho <strong>de</strong> dispensação da graça ao<br />

mundo, e nós tropeçamos especialmente neste campo da fé e da política.<br />

Jesus não permitiu que nenhuma instituição interferisse no seu amor pelos indivíduos. A política racial e<br />

religiosa dos ju<strong>de</strong>us proibia que Ele falasse com uma mulher samaritana, ainda mais com uma que tivesse<br />

antece<strong>de</strong>ntes morais duvidosos. Jesus, no entanto, escolheu uma mulher samaritana para ser missionária. Entre os<br />

seus discípulos havia um cobrador <strong>de</strong> impostos, consi<strong>de</strong>rado um traidor em Israel, e também um zelote, membro<br />

<strong>de</strong> um partido ultrapatriota. O Senhor Jesus elogiou João Batista, que era contracultural. Encontrou-se com<br />

Nico<strong>de</strong>mos, um fariseu observador, e também com um centurião romano. Jantou na casa <strong>de</strong> outro fariseu<br />

chamado Simão e também na casa <strong>de</strong> um homem "impuro", Simão, o leproso. Para Jesus, a pessoa era mais<br />

importante do que qualquer categoria ou rótulo.<br />

Sei como é fácil ser arrebatado pela política da polarização, gritar nas passeatas para o "inimigo" do outro<br />

lado. Mas Jesus or<strong>de</strong>nou: "Amai a vossos inimigos". 6 Para Will Campbell, eles eram os Kluxers racistas que<br />

mataram seu amigo. Para Martin Luther King Jr., eram os <strong>de</strong>legados brancos que atiçavam seus cães sobre ele.<br />

Quem é meu inimigo? Os favoráveis ao aborto? O produtor <strong>de</strong> Hollywood que polui nossa cultura? O político<br />

ameaçando meus princípios morais? O traficante que domina o centro <strong>de</strong> minha cida<strong>de</strong>? Se o meu ativismo, ainda<br />

que bem motivado, expulsa o amor, então eu entendi mal o evangelho <strong>de</strong> Jesus. Estou apaixonado pela lei, e não<br />

pelo evangelho da graça.<br />

As questões que <strong>de</strong>safiam a socieda<strong>de</strong> são centrais. Talvez uma guerra cultural seja inevitável. Mas os cristãos<br />

<strong>de</strong>vem utilizar diferentes armas nas guerras, as "armas da misericórdia", na maravilhosa frase <strong>de</strong> Dorothy Day.<br />

Jesus <strong>de</strong>clarou que <strong>de</strong>veríamos ter um sinal diferencial: não a correção política ou superiorida<strong>de</strong> moral, mas o<br />

amor. Paulo acrescentou que sem amor nada do que fazemos — nenhum milagre da fé, nenhum brilho teológico,<br />

nenhuma chama <strong>de</strong> sacrifício pessoal — terá valor (1 Coríntios 13).<br />

A <strong>de</strong>mocracia mo<strong>de</strong>rna precisa <strong>de</strong>sesperadamente <strong>de</strong> um novo espírito <strong>de</strong> civilida<strong>de</strong>. E os cristãos po<strong>de</strong>riam<br />

mostrar o caminho <strong>de</strong>monstrando o fruto do Espírito <strong>de</strong> Deus: amor, alegria, paz, paciência, benignida<strong>de</strong>,<br />

bonda<strong>de</strong>, fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, mansidão e autocontrole.<br />

As armas da misericórdia po<strong>de</strong>m ser po<strong>de</strong>rosas. Contei sobre minha visita à Casa Branca, que provocou uma<br />

chuva <strong>de</strong> cartas iradas. Dois lí<strong>de</strong>res cristãos em nossa reunião sentiram a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pedir <strong>de</strong>sculpas ao<br />

presi<strong>de</strong>nte pela falta <strong>de</strong> graça <strong>de</strong>monstrada pelos companheiros cristãos. Um disse: "Os cristãos macularam a<br />

credibilida<strong>de</strong> do evangelho com a malda<strong>de</strong> <strong>de</strong>... ataques pessoais contra o presi<strong>de</strong>nte e sua família". Enquanto<br />

estivemos lã, também ouvimos uma história diretamente <strong>de</strong> Hillary Clinton, alvo <strong>de</strong> muitos <strong>de</strong>sses ataques.<br />

Susan Baker, republicana e esposa do ex-secretário do Estado James Baker, convidou a sra. Clinton para ir ao<br />

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