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Maravilhosa Graça - Noiva de Cristo

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imaginou que Laddy era talvez o melhor cristão que ele conhecia. Não fumava, não bebia, não ia ao cinema, não<br />

dançava, nem participava <strong>de</strong> protestos. Não fazia mal a ninguém, era dócil e passivo. Imediatamente, Jay<br />

percebeu como estava <strong>de</strong>sviado da vida <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong> e paixão para a qual Jesus o havia chamado.<br />

À primeira vista, o legalismo parece duro, mas na realida<strong>de</strong> a liberda<strong>de</strong> em <strong>Cristo</strong> é o caminho mais difícil. É<br />

relativamente fácil <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> matar, mas é difícil amar; é fácil evitar a cama do vizinho, mas é difícil manter um<br />

casamento vivo; é fácil pagar impostos, mas é difícil servir aos pobres. Quando vivo em liberda<strong>de</strong>, tenho <strong>de</strong> me<br />

manter aberto ao Espírito Santo para receber sua orientação. Estou mais consciente em relação ao que tenho<br />

negligenciado do que a respeito do que tenho realizado. Não posso escon<strong>de</strong>r-me por trás <strong>de</strong> uma máscara <strong>de</strong><br />

comportamento, como os hipócritas fazem, nem posso escon<strong>de</strong>r-me por trás <strong>de</strong> comparações fáceis com outros<br />

cristãos.<br />

O teólogo reformado J. Gresham Machen escreveu: "Uma visão <strong>de</strong>ficiente da lei leva ao legalismo na religião;<br />

uma visão elevada faz com que a pessoa busque a graça". O efeito final do legalismo é diminuir a visão que<br />

alguém possa ter <strong>de</strong> Deus. Inclinamo-nos a pensar nas <strong>de</strong>nominações e instituições cristãs severas como sendo<br />

mais "espirituais". Na verda<strong>de</strong>, as diferenças entre Bob Jones e o Wheaton College, ou entre os menonitas e os<br />

batistas do Sul, são minúsculas quando comparadas com um Deus santo.<br />

Certa vez li que, proporcionalmente, a superfície da terra é mais lisa do que uma bola <strong>de</strong> bilhar. As alturas do<br />

Monte Evereste e as profun<strong>de</strong>zas do Oceano Pacífico são muito impressionantes para aqueles que vivem neste<br />

planeta. Mas vistas <strong>de</strong> Andrômeda, ou mesmo <strong>de</strong> Marte, essas diferenças não fazem a menor diferença. É assim<br />

que agora vejo as mesquinhas diferenças comportamentais entre um grupo cristão e outro. Comparadas com um<br />

Deus santo e perfeito, o mais elevado Evereste <strong>de</strong> regras não passa <strong>de</strong> um montículo <strong>de</strong> terra. Você não po<strong>de</strong><br />

obter a aceitação <strong>de</strong> Deus escalando; tem <strong>de</strong> recebê-la como um presente.<br />

Jesus proclamou, sem sombra <strong>de</strong> dúvida, que a lei <strong>de</strong> Deus é tão perfeita e tão absoluta que ninguém po<strong>de</strong><br />

alcançar a justiça. E, por outro lado, a graça <strong>de</strong> Deus é tão gran<strong>de</strong> que não temos <strong>de</strong> alcançá-la. Tentando provar<br />

como merecem o amor <strong>de</strong> Deus, os legalistas per<strong>de</strong>m o ponto principal do evangelho, que é o dom <strong>de</strong> Deus às<br />

pessoas que não o merecem. A solução para o pecado é <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> impor um código cada vez mais restrito <strong>de</strong><br />

comportamento. É conhecer a Deus.<br />

PARTE IV<br />

SONS DA GRAÇA PARA UM MUNDO SURDO<br />

CAPÍTULO 16<br />

BIG HAROLD: UMA HISTÓRIA<br />

Cresci sem pai; meu pai morreu <strong>de</strong> poliomielite um mês <strong>de</strong>pois do meu primeiro aniversário. Por pura bonda<strong>de</strong>,<br />

um homem <strong>de</strong> nossa igreja acolheu-nos, eu e meu irmão, sob sua proteção. Nós o chamávamos <strong>de</strong> Big Harold. Ele<br />

ficava sentado pacientemente nos playgrounds enquanto girávamos no carrossel. Quando ficamos mais velhos, ele<br />

nos ensinou a jogar xadrez e nos ajudou a construir um carrinho <strong>de</strong> rolima com um caixote. Na ignorância da<br />

meninice, não tínhamos idéia <strong>de</strong> que muitas pessoas na igreja pareciam consi<strong>de</strong>rá-lo estranho.<br />

Finalmente, Harold saiu da nossa igreja. No seu ponto <strong>de</strong> vista, ela era liberal <strong>de</strong>mais. Algumas das mulheres<br />

ali usavam batom e maquiagem. Além disso, ele havia encontrado algumas passagens bíblicas que o levaram a<br />

<strong>de</strong>saprovar a música instrumental na igreja. Então ele procurou uma igreja que concordasse com os seus pontos<br />

<strong>de</strong> vista. Eu assisti ao casamento do Harold: a regra contra a música evi<strong>de</strong>ntemente limitava-se apenas ao<br />

santuário, pois um longo fio amarelo serpenteava pelo corredor central até o lado <strong>de</strong> fora, on<strong>de</strong> um toca-discos<br />

tossia uma gravação rangente da "Marcha Nupcial" <strong>de</strong> Men<strong>de</strong>lssohn.<br />

Harold vivia obcecado com moral e política. Os Estados Unidos, ele cria, logo cairiam sob o juízo <strong>de</strong> Deus por<br />

causa <strong>de</strong> sua permissivida<strong>de</strong>. Citava os lí<strong>de</strong>res comunistas que falavam que o Oci<strong>de</strong>nte estava apodrecendo <strong>de</strong><br />

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