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Maravilhosa Graça - Noiva de Cristo

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Benedict do café da manhã na Casa Branca; enquanto ele estava ocupado limpando a gema <strong>de</strong> sua barba (se é que<br />

não escorreu pelas costas), a administração Clinton estava forjando <strong>de</strong> antemão sua agenda radicalmente antiteísta<br />

e amoral".<br />

Em vinte e cinco anos <strong>de</strong> jornalismo tenho recebido meu quinhão <strong>de</strong> respostas <strong>de</strong> todos os tipos. Mesmo<br />

assim, quando leio pilhas <strong>de</strong> cartas injuriosas, tenho a estranha sensação <strong>de</strong> que entendo por que o mundo não<br />

associa automaticamente a palavra "graça" com os evangélicos.<br />

AS obras do apóstolo Paulo seguiram um padrão familiar. A primeira parte <strong>de</strong> cada carta explora conceitos<br />

teológicos elevados, tais como "as riquezas da graça <strong>de</strong> Deus". Nesse ponto, Paulo tipicamente faz uma pausa<br />

para respon<strong>de</strong>r a objeções potenciais. Apenas então ele prossegue para fazer uma aplicação prática, explicando<br />

como essas riquezas se traduzem para a <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>m da vida cotidiana. Como uma pessoa "agraciada" <strong>de</strong>veria agir<br />

no papel <strong>de</strong> marido ou esposa, como membro <strong>de</strong> igreja, como cidadão?<br />

Utilizando esse mesmo padrão, apresentei a graça como uma força po<strong>de</strong>rosa que po<strong>de</strong> quebrar as ca<strong>de</strong>ias da<br />

<strong>de</strong>sgraça que estão amarrando nações, tribos e famílias. Ela transmite as melhores notícias possíveis, que o Deus<br />

do universo nos ama — notícias tão boas que trazem o cheiro do escândalo. Mas minha tarefa não acabou.<br />

Chegou a hora <strong>de</strong> voltar à questão prática: se a graça é tão maravilhosa, por que os cristãos não dão mais<br />

<strong>de</strong>monstrações <strong>de</strong>la?<br />

Por que os cristãos chamados para espargir o aroma da graça preferem emitir a fumaça doentia da não-graça?<br />

Nos Estados Unidos da década <strong>de</strong> 90, uma resposta a essa pergunta rapidamente <strong>de</strong>sabrocha na mente. A igreja<br />

permitiu-se envolver muito em questões políticas que funcionam pelas regras do po<strong>de</strong>r, que são regras da nãograça.<br />

Em nenhuma outra área a igreja corre risco maior <strong>de</strong> per<strong>de</strong>r sua vocação do que na praça pública.<br />

Minha experiência em escrever a respeito <strong>de</strong> Bill Clinton me esclareceu esse ponto. Talvez pela primeira vez<br />

eu tenha captado um bom sopro do aroma espargido por alguns cristãos, e não foi um cheiro agradável. Comecei<br />

a prestar mais atenção a como os cristãos estão sendo percebidos pelo mundo <strong>de</strong> um modo geral. Um editorial<br />

empolado no The New York Times, 1 por exemplo, advertia que o ativismo dos conservadores religiosos "apresenta<br />

uma ameaça muito maior à <strong>de</strong>mocracia do que o comunismo apresentava". Será que eles realmente crêem nisso?<br />

Uma vez que as histórias em quadrinhos revelam muito a respeito da tendência da cultura, comecei a observar<br />

como elas <strong>de</strong>screvem os cristãos. A revista New Yorker, por exemplo, mostrava um garçom em um restaurante<br />

caro explicando o cardápio a um freguês: "Os que têm asteriscos são aqueles recomendados pela direita<br />

religiosa". Ainda outra tira política apresentava uma igreja americana clássica com o letreiro: "Primeira Igreja<br />

Anti-Clinton".<br />

Apoio totalmente o direito, e também as responsabilida<strong>de</strong>s que os cristãos têm <strong>de</strong> se envolver na política. Em<br />

cruzadas morais como a abolição, direitos civis e antiaborto, os cristãos têm li<strong>de</strong>rado. Creio que a mídia tem<br />

exagerado grosseiramente a "ameaça" apresentada pela direita religiosa. Os cristãos que conheço que estão<br />

envolvidos na política não se parecem nada com essas caricaturas. Mesmo assim, eu me preocupo com a<br />

recente tendência dos rótulos "cristãos evangélicos" e "direita religiosa" se tornarem intercambiaveis. As<br />

histórias em quadrinhos mostram que os cristãos estão sendo cada vez mais consi<strong>de</strong>rados como moralistas<br />

rígidos que querem controlar a vida dos outros.<br />

Sei por que alguns cristãos estão agindo <strong>de</strong>ssa forma: por medo. Sentimos o ataque nas escolas, nos tribunais e,<br />

às vezes, no Congresso. Enquanto isso, vemos ao nosso redor o tipo <strong>de</strong> mudança moral que <strong>de</strong>staca o <strong>de</strong>clínio da<br />

socieda<strong>de</strong>. Em categorias como crime, divórcio, suicídio <strong>de</strong> jovens, aborto, uso <strong>de</strong> drogas, bem-estar das crianças<br />

e nascimentos ilegítimos os Estados Unidos superam todos os outros países industrializados. Os socialmente<br />

conservadores sentem-se cada vez mais como uma minoria ameaçada, com seus valores sob ataque constante.<br />

Como po<strong>de</strong>m os cristãos <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r valores morais em uma socieda<strong>de</strong> secular enquanto, ao mesmo tempo,<br />

transmitem um espírito <strong>de</strong> graça e amor? Como o salmista expressou: "Na verda<strong>de</strong> que já os fundamentos 2 se<br />

transtornam, o que po<strong>de</strong> fazer o justo?". Tenho certeza <strong>de</strong> que por trás da rispi<strong>de</strong>z das pessoas que me escreveram<br />

existe uma preocupação profunda e apropriada por um mundo que dá pouco lugar a Deus. Mas também sei que,<br />

como Jesus <strong>de</strong>stacou para os fariseus, uma preocupação apenas com valores morais não é <strong>de</strong> maneira nenhuma<br />

suficiente. O moralismo à parte da graça resolve pouco.<br />

Andy Rooney, comentarista <strong>de</strong> um programa <strong>de</strong> televisão, disse uma vez; "Decidi que sou contra o aborto.<br />

Acho que é homicídio. Mas tenho um dilema: por que prefiro as pessoas pró-escolha, em vez das que são próvida?<br />

Prefiro muito mais jantar com um grupo das primeiras pessoas". Pouco importa com quem ele janta, mas é<br />

muito importante se Andy Rooney <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> encontrar a graça <strong>de</strong> Deus dos cristãos em todo o seu zelo pró-vida.<br />

Quando pergunto aos meus companheiros <strong>de</strong> vôo: "O que lhes vem à mentquando digo as palavras 'cristão<br />

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