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Maravilhosa Graça - Noiva de Cristo

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que em quatro anos eu não aprendi quase nada a respeito da graça. Talvez seja a palavra mais importante da<br />

Bíblia, o coração do evangelho. Como pu<strong>de</strong> ignorá-la?"<br />

Falei <strong>de</strong>ssa nossa conversa em uma palestra subseqüente em uma capela e, ao fazê-lo, ofendi os professores.<br />

Alguns sugeriram que eu não fosse mais convidado para falar. Uma alma gentil escreveu-me perguntando se eu<br />

não po<strong>de</strong>ria ter dito aquilo <strong>de</strong> maneira diferente. Não po<strong>de</strong>ria ter dito que como estudante eu não tinha receptores<br />

para receber a graça que me ro<strong>de</strong>ava? Pensei muito a respeito da pergunta porque amo e respeito esse homem.<br />

Finalmente, entretanto, concluí que experimentei tanta carência <strong>de</strong> graça no campus <strong>de</strong> uma universida<strong>de</strong> cristã<br />

como em qualquer outro lugar na vida.<br />

Um conselheiro, David Seamands, 3 resumiu sua carreira <strong>de</strong>sta maneira:<br />

Há muitos anos, cheguei à conclusão <strong>de</strong> que as duas causas principais da maioria dos problemas<br />

emocionais entre os cristãos evangélicos são estas: o fracasso em enten<strong>de</strong>r, receber e viver a graça e o perdão<br />

incondicionais <strong>de</strong> Deus; e o fracasso <strong>de</strong> distribuir esse amor, perdão e graça incondicionais aos outros... Nós<br />

lemos, ouvimos, cremos em uma boa teologia da graça. Mas não é assim que vivemos. As boas novas do<br />

evangelho da graça não penetraram no nível <strong>de</strong> nossas emoções.<br />

"O mundo po<strong>de</strong> fazer quase tudo tão bem ou melhor do que a igreja", diz Gordon MacDonald. 4 "Você não<br />

precisa ser cristão para construir casas, alimentar os famintos ou curar os enfermos. Há apenas uma coisa que o<br />

mundo não po<strong>de</strong> fazer. Ele não po<strong>de</strong> oferecer graça." MacDonald colocou o seu <strong>de</strong>do sobre a única contribuição<br />

realmente importante da igreja. On<strong>de</strong> mais o mundo po<strong>de</strong>ria ir para encontrar graça?<br />

Ignazio Silone, novelista italiano, escreveu a respeito <strong>de</strong> um revolucionário caçado pela polícia. A fim <strong>de</strong><br />

escondê-lo, seus camaradas o vestiram com as roupas <strong>de</strong> um padre e o enviaram a uma remota vila ao pé dos<br />

Alpes. A notícia se espalhou, e <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> pouco tempo uma longa fila <strong>de</strong> camponeses apareceu à porta <strong>de</strong>le,<br />

cheios <strong>de</strong> histórias <strong>de</strong> pecados e vidas <strong>de</strong>sfeitas. O "sacerdote" protestava e tentava <strong>de</strong>svencilhar-se <strong>de</strong>les, sem<br />

resultados. Ele não tinha outro recurso a não ser sentar-se e ouvir as histórias das pessoas que morriam <strong>de</strong> fome da<br />

graça.<br />

Eu acho que, <strong>de</strong> fato, por isso é que todos vão à igreja: fome da graça. O livro Growing Up Fundamentalist<br />

(Fundamentalistas em Formação) 5 conta <strong>de</strong> uma reunião <strong>de</strong> estudantes em uma escola missionária no Japão. "Com<br />

uma ou duas exceções, todos abandonaram a fé, mas <strong>de</strong>pois voltaram", contou um dos estudantes. "E aqueles<br />

entre nós que voltaram têm uma coisa em comum: todos nós <strong>de</strong>scobrimos a graça..."<br />

Quando olho para a minha própria peregrinação, marcada por erros, <strong>de</strong>svios e becos sem saída, vejo agora que<br />

aquilo que me impulsionava era minha busca da graça. Rejeitei a igreja durante algum tempo porque encontrei<br />

bem pouca graça ali. Voltei porque não <strong>de</strong>scobri graça em nenhum outro lugar.<br />

Para dizer a verda<strong>de</strong>, mal provei da graça em toda a sua intensida<strong>de</strong>, tenho dispensado menos do que recebi e<br />

não sou, <strong>de</strong> modo nenhum, um especialista no assunto. Existem, <strong>de</strong> fato, motivos que me impeliram a escrever a<br />

respeito. Eu queria conhecer mais, enten<strong>de</strong>r mais, experimentar mais graça. Não me atrevo — e o perigo é muito<br />

real — a escrever um livro <strong>de</strong>sagradável a respeito da graça. Saiba, então, aqui no início, que eu escrevo como um<br />

peregrino qualificado apenas por minha fome da graça.<br />

A graça não é um assunto fácil para um escritor. Tomando emprestado o comentário <strong>de</strong> E. B. White a respeito<br />

do humor: "[A graça] po<strong>de</strong> ser dissecada, como uma rã, mas morre no processo, e o que está lá <strong>de</strong>ntro é<br />

<strong>de</strong>primente para todos, exceto às mentes puramente científicas". Acabei <strong>de</strong> ler um tratado <strong>de</strong> treze páginas a<br />

respeito da graça na New Catholic Encyclopedia [Nova Enciclopédia Católica] que me curou <strong>de</strong> qualquer <strong>de</strong>sejo<br />

<strong>de</strong> dissecar a graça e mostrar o seu interior. Eu não quero que ela morra. Por causa disto, vou apoiar-me mais em<br />

histórias do que em silogismos.<br />

Resumindo, prefiro transmitir graça em vez <strong>de</strong> explicá-la.<br />

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