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Maravilhosa Graça - Noiva de Cristo

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<strong>de</strong> camelo, um João Batista insistindo com o mundo: Arrepen<strong>de</strong>i-vos! Eu esperava uma combinação disso com o<br />

homem gentil <strong>de</strong> minha infância. Em um milhão <strong>de</strong> anos, nenhum <strong>de</strong> nós teria imaginado que iríamos visitar um<br />

prisioneiro cumprindo pena.<br />

Depois <strong>de</strong> nossa visita, as primeiras cartas <strong>de</strong> Harold tiveram um tom humil<strong>de</strong>. Quando foi solto, entretanto,<br />

começou a endurecer <strong>de</strong> novo. Conseguiu forçar o caminho <strong>de</strong> volta para a igreja (pois eles o tinham<br />

"excomungado"), comprou uma nova máquina <strong>de</strong> escrever e começou a enviar mais pronunciamentos sobre as<br />

condições do mundo. Eu esperava que tal experiência o freasse um pouco, o tornasse mais compassivo com os<br />

outros, menos altivo e moralmente menos seguro. Mas, infelizmente, vários anos se passaram e nunca mais<br />

<strong>de</strong>tectei o mínimo sinal <strong>de</strong> humilda<strong>de</strong> em suas cartas.<br />

O mais triste é que nunca <strong>de</strong>tectei nenhum sinal <strong>de</strong> graça. O Big Harold era bem escolado em moralida<strong>de</strong>. Para<br />

ele, o mundo se dividia certinho em puros e impuros, e ele apertava o círculo cada vez mais até que, finalmente,<br />

não pô<strong>de</strong> mais confiar em ninguém a não ser em si mesmo. Então não pô<strong>de</strong> mais confiar nem em si mesmo.<br />

Talvez pela primeira vez na vida ele se encontrasse em uma posição on<strong>de</strong> não havia lugar para se voltar a não ser<br />

a graça. Mas, até on<strong>de</strong> pu<strong>de</strong> perceber, nunca se voltou para ela. A moralida<strong>de</strong>, até mesmo a moralida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>feituosa, parecia um lugar bem mais seguro.<br />

Os melhores sentem falta <strong>de</strong> toda convicção,<br />

enquanto os piores estão cheios <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> apaixonada.<br />

W. B. Yeats<br />

CAPÍTULO 17<br />

AROMA MISTO<br />

Tive uma ru<strong>de</strong> introdução às guerras culturais contemporâneas quando visitei a Casa Branca durante o primeiro<br />

período governamental <strong>de</strong> Bill Clinton. O convite veio indiretamente. Eu tinha pouco envolvimento pessoal em<br />

política e procurava fugir do assunto em minhas obras. Entretanto, no final <strong>de</strong> 1993, comecei a ficar preocupado<br />

com o alarme, histeria mesmo, por causa do estado da socieda<strong>de</strong> sendo comentado nos círculos evangélicos.<br />

Escrevi um artigo que concluía dizendo: "Nosso <strong>de</strong>safio real não <strong>de</strong>ve ser cristianizar os Estados Unidos (sempre<br />

uma batalha perdida), mas, antes, lutar para sermos a igreja <strong>de</strong> <strong>Cristo</strong> em um mundo cada vez mais hostil".<br />

Os, editores da revista Christianity Today [Cristianismo Hoje] <strong>de</strong>ram um título um tanto sensacionalista ao<br />

artigo: "Por que Clinton não é o Anticristo". Recebi várias cartas, principalmente <strong>de</strong> pessoas <strong>de</strong>clarando que Bill<br />

Clinton é o Anticristo. Não sei como o artigo foi parar na mesa presi<strong>de</strong>ncial e, alguns meses <strong>de</strong>pois, quando o<br />

presi<strong>de</strong>nte Clinton convidou doze evangélicos para um café da manha particular, meu nome estava na lista.<br />

Alguns dos convidados representavam a igreja ou organizações paraeclesiãsticas. Alguns vinham <strong>de</strong> aca<strong>de</strong>mias<br />

cristãs. Fui Convidado graças principalmente ao título interessante do meu artigo. ("Bem, Bill, você tem <strong>de</strong><br />

começar por algum lugar", disse Al Gore quando viu o título "Por que Clinton não é o Anticristo.")<br />

"O presi<strong>de</strong>nte não tem uma agenda", asseguraram-nos. "Ele simplesmente <strong>de</strong>seja ouvir as preocupações <strong>de</strong><br />

vocês. Cada um terá cinco minutos para dizer o que quiser ao presi<strong>de</strong>nte." Era preciso pouca sabedoria política<br />

para enten<strong>de</strong>r que o presi<strong>de</strong>nte estava nos convidando principalmente por causa <strong>de</strong> sua baixa popularida<strong>de</strong> entre<br />

os evangélicos. O sr. Clinton falou <strong>de</strong> algumas <strong>de</strong>ssas preocu-pações em suas palavras <strong>de</strong> abertura, confessando:<br />

— Às vezes eu me sinto como um órfão espiritual. Sendo um batista do Sul a vida inteira, acho difícil encontrar<br />

uma comunida<strong>de</strong> crista em Washington, D.C., a cida<strong>de</strong> mais secular na qual já vivi — ele nos informou.<br />

Quando a família presi<strong>de</strong>ncial ia à igreja, atraía toda a mídia, o que dificultava uma experiência <strong>de</strong> adoração<br />

mais íntima. Poucos dos membros da equipe <strong>de</strong> Clinton (os quais, naturalmente, ele havia <strong>de</strong>signado) partilhavam<br />

<strong>de</strong> sua preocupação com a fé.<br />

Além disso, a comunida<strong>de</strong> cristã conservadora havia-se afastado <strong>de</strong>le. Quando o presi<strong>de</strong>nte se exercitava<br />

correndo pelas ruas <strong>de</strong> Washington, via pára-choques com os dizeres: "Um voto para Bill Clinton é um pecado<br />

contra Deus". Randall Terry, fundador da "Operação Resgate", havia publicamente chamado os Clinton <strong>de</strong><br />

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