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Maravilhosa Graça - Noiva de Cristo

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viajaram a lugares como Vietnã, Filipinas, Quênia, Rússia e Oriente Médio para reparar <strong>de</strong>formida<strong>de</strong>s faciais. Até<br />

agora já operaram mais <strong>de</strong> trinta e seis mil crianças, <strong>de</strong>ixando um legado <strong>de</strong> sorrisos infantis.<br />

Penso nos missionários médicos que conheci na índia, especialmente aqueles que trabalham com pacientes<br />

leprosos. Na escala da <strong>de</strong>sgraça, não há um grupo mais <strong>de</strong>sprezado <strong>de</strong> pessoas na terra do que as vítimas da lepra<br />

que vieram da casta dos intocáveis. Não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>scer mais. A maior parte dos avanços no tratamento da lepra<br />

veio dos missionários cristãos, porque são as únicas pessoas prontas a tocar e a cuidar das vítimas da lepra. <strong>Graça</strong>s<br />

principalmente ao trabalho <strong>de</strong>sses servos fiéis, a enfermida<strong>de</strong> é agora totalmente controlável com drogas, e a<br />

chance <strong>de</strong> contágio é mínima.<br />

Penso no "Bread for the World" [Pão para o mundo], uma agência fundada por cristãos que criam que<br />

po<strong>de</strong>riam ajudar melhor os famintos não iniciando uma competição com a Visão Mundial, mas dando apoio ao<br />

Congresso em benefício dos pobres do mundo. Ou na "Casa <strong>de</strong> José", um lar para pacientes aidéticos em<br />

Washington, D.C. Ou na "Operação bênção <strong>de</strong> Pat Robertson", que dirige programas no centro <strong>de</strong> trinta e cinco<br />

gran<strong>de</strong>s cida<strong>de</strong>s. Ou no "Save a Baby Homes" [Lares para salvar bebês], <strong>de</strong> Jeny Falwell, on<strong>de</strong> mulheres grávidas<br />

po<strong>de</strong>m buscar um lar amoroso para apoiá-las caso <strong>de</strong>sejem ter os seus bebês, em vez <strong>de</strong> abortar. São todos<br />

programas que recebem muito menos atenção do que as opiniões políticas dos seus fundadores.<br />

Rousseau disse que a igreja estabeleceu um dilema insolúvel <strong>de</strong> lealda<strong>de</strong>. Como os cristãos po<strong>de</strong>m ser bons<br />

cidadãos neste mundo se estão principalmente preocupados com o outro mundo? As pessoas que mencionei, e<br />

muitos milhares <strong>de</strong> outras como elas, anulam o argumento <strong>de</strong> Rousseau. Como bem observou C. S. Lewis,<br />

aqueles que estão muito conscientes <strong>de</strong> um outro mundo tornaram-se cristãos muito mais eficientes neste mundo.<br />

CAPÍTULO 20<br />

GRAVIDADE E GRAÇA<br />

O homem nasceu quebrado.<br />

Ele vive se consertando.<br />

A graça <strong>de</strong> Deus é a cola.<br />

Eu<strong>de</strong>ne O'Neill<br />

A vida <strong>de</strong> Simone Weil 1 brilhou como uma vela luminosa até sua morte, aos trinta e três anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Intelectual<br />

francesa, preferiu trabalhar em fazendas e fábricas para se i<strong>de</strong>ntificar com a classe trabalhadora. Quando os<br />

exércitos <strong>de</strong> Hitler invadiram a França, ela fugiu para se juntar aos franceses livres em Londres, on<strong>de</strong> morreu. Sua<br />

tuberculose se complicou por causa da <strong>de</strong>snutrição que a acometera. Ela se recusava a comer mais do que seus<br />

conterrâneos recebiam em suas rações diárias por estarem sob ocupação nazista. Como seu único legado, esta<br />

judia que aceitou a <strong>Cristo</strong> <strong>de</strong>ixou em diários e notas esparsas um <strong>de</strong>nso registro <strong>de</strong> sua peregrinação rumo a Deus.<br />

Weil concluiu que duas gran<strong>de</strong>s forças governavam o universo: a gravida<strong>de</strong> e a graça. A gravida<strong>de</strong> leva um<br />

corpo a atrair outros corpos, <strong>de</strong> modo que aumenta continuamente, absorvendo mais e mais do universo em si<br />

mesmo. Alguma coisa igual a esta mesma força opera nos seres humanos. Nós também queremos nos expandir,<br />

adquirir, inchar significativamente. O <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> "sermos como <strong>de</strong>uses", afinal, levou Adão e Eva a se rebelarem.<br />

Emocionalmente, Weil concluiu: nós, humanos, operamos por meio <strong>de</strong> leis tão fixas quanto a lei <strong>de</strong> Newton.<br />

"Todos os movimentos naturais da alma são controlados por leis análogas às da gravida<strong>de</strong> física. A graça é a<br />

única exceção." Muitos <strong>de</strong> nós continuamos presos no campo gravitacional do amor-próprio e, assim, "tapamos<br />

as fissuras pelas quais a graça po<strong>de</strong>ria passar".<br />

Mais ou menos na época em que Weil estava escrevendo, outro refugiado dos nazistas, Karí Barth, 2 fez o<br />

comentário <strong>de</strong> que o dom do perdão <strong>de</strong> Jesus, da graça, era para ele o mais surpreen<strong>de</strong>nte dos milagres <strong>de</strong> Jesus.<br />

Os milagres quebraram as leis físicas do universo; o perdão quebrou as regras morais. "O início do bem é<br />

percebido no meio do mal... A simplicida<strong>de</strong> e a abrangência da graça, quem as medirá?"<br />

Quem realmente po<strong>de</strong>ria medi-la? Tenho meramente caminhado pelo perímetro da graça, como alguém que<br />

caminha ao redor <strong>de</strong> uma catedral gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>mais para ser vista <strong>de</strong> uma só vez. Tendo iniciado com perguntas do<br />

tipo: "O que há <strong>de</strong> tão maravilhoso na graça e por que os cristãos não <strong>de</strong>monstram mais <strong>de</strong>la?", agora concluo<br />

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