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Maravilhosa Graça - Noiva de Cristo

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expiatório do seu Estado. Daqui a vinte anos estará se aconselhando para se libertar <strong>de</strong>sse momento. Se fizer os<br />

dois pontos, será um herói. Sua foto estará na primeira página dos jornais. Provavelmente po<strong>de</strong>rá candidatar-se a<br />

governador.<br />

Ele dribla novamente e a outra equipe pe<strong>de</strong> tempo, para confundi-lo. Ele está na lateral, avaliando todo o seu<br />

futuro. Tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong>le. Seus colegas olham para ele encorajando-o, mas não dizem nada. Um ano, eu me<br />

lembro, <strong>de</strong>ixei a sala para aten<strong>de</strong>r o telefone exatamente na hora em que o garoto se preparava para arremessar a<br />

bola. Rugas <strong>de</strong> preocupação vincavam sua testa. Ele mordiscava seu lábio inferior. Sua perna esquerda tremia na<br />

altura do joelho. Vinte mil torcedores estavam gritando, sacudindo ban<strong>de</strong>iras e lenços para distraí-lo.<br />

O telefonema foi mais longo do que eu esperava e, quando voltei, tive uma nova visão. O mesmo garoto, o<br />

cabelo encharcado com Gatora<strong>de</strong>, estava cavalgando nos ombros dos colegas, cortando a re<strong>de</strong> <strong>de</strong> um cesto <strong>de</strong><br />

basquete. Ele não tinha mais nenhuma preocupação no mundo. Seu sorriso enchia a tela toda.<br />

Essas duas imagens congeladas — o mesmo garoto se encolhendo na linha lateral e, <strong>de</strong>pois, celebrando sobre<br />

os ombros dos amigos — vieram a simbolizar para mim a diferença entre a não-graça e a graça.<br />

O mundo é governado pela ausência <strong>de</strong> graça. Tudo <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do que eu faço. Tenho <strong>de</strong> fazer os pontos.<br />

O reino <strong>de</strong> Jesus nos chama para trilhar outro caminho, um caminho que não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossas realizações,<br />

mas, sim, da realização <strong>de</strong>le. Nós não temos <strong>de</strong> realizar, mas apenas seguir. Ele já ganhou para nós a preciosa<br />

vitória da aceitação <strong>de</strong> Deus.<br />

Quando penso naquelas duas imagens, uma pergunta perturbadora penetra em minha mente: Qual <strong>de</strong>ssas duas<br />

cenas se parece mais com a minha vida espiritual?<br />

PARTE II<br />

Rompendo o ciclo da não-graça<br />

CAPÍTULO 6<br />

CICLO ININTERRUPTO: UMA HISTÓRIA<br />

Daisy nasceu em 1898 em uma família <strong>de</strong> operários em Chicago. Era a oitava <strong>de</strong> <strong>de</strong>z filhos. O pai mal<br />

ganhava para alimentar a todos e, <strong>de</strong>pois que começou a beber, o dinheiro ficou ainda mais escasso.<br />

Daisy, aproximando-se do seu centésimo aniversário enquanto escrevo estas linhas, estremece quando<br />

fala a respeito daqueles dias. Seu pai era um "bêbado perverso", ela diz. Daisy costumava encolher-se no<br />

canto, soluçando, quando ele chutava seus irmãos menores no assoalho forrado com linóleo. Ela o<br />

odiava <strong>de</strong> todo o seu coração.<br />

Um dia o pai <strong>de</strong>clarou que a esposa tinha <strong>de</strong> ir embora até o meio-dia. Todas as <strong>de</strong>z crianças<br />

reuniram-se à volta da mãe, agarrando-se à saia <strong>de</strong>la e chorando. "Não, não vá!" O pai, porém, não<br />

mudou <strong>de</strong> idéia. Amparada pelos irmãos e irmãs, Daisy viu através da janela da sacada sua mãe<br />

caminhando, os ombros caídos, uma mala em cada mão, cada vez menor até que, finalmente,<br />

<strong>de</strong>sapareceu <strong>de</strong> vista.<br />

Algumas das crianças tempos <strong>de</strong>pois se reuniram à mãe, enquanto que outras foram morar com<br />

parentes. A sorte quis que Daisy ficasse com o pai. Ela cresceu com um duro nó <strong>de</strong> amargura <strong>de</strong>ntro<br />

<strong>de</strong>la, um tumor <strong>de</strong> ódio pelo que ele havia feito à família. Todas as crianças <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> estudar logo<br />

cedo para trabalhar ou alistar-se no Exército, e então uma a uma mudaram-se para outras cida<strong>de</strong>s.<br />

Casaram-se, iniciaram famílias e tentaram <strong>de</strong>ixar o passado para trás. O pai sumiu — ninguém sabia<br />

on<strong>de</strong> estava e ninguém se importava com isso.<br />

Muitos anos <strong>de</strong>pois, para surpresa <strong>de</strong> todos, o pai apareceu. Havia saído da sarjeta, dizia ele. Bêbado<br />

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