REPRESENTAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE ENSINO ... - PUC-SP
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Scaramucci (2000:12) afirma que muitos testes e exames trazem subjacente<br />
um conceito de proficiência que “parece ter como referência o controle ou comando<br />
operacional do falante nativo ideal, portanto, uma proficiência monolítica, estável e<br />
única”. A autora esclarece ainda que mesmo a proficiência nativa não é única, pois é<br />
passível de variações, de acordo com fatores diversos, dentre eles, tópico a ser<br />
discorrido, interlocutor, situação, barulho, stress. Segundo a autora:<br />
“...a avaliação de proficiência nem sempre é conduzida de forma adequada,<br />
ora comprometendo os resultados dos estudos, ora limitando a possibilidade<br />
de generalização dos resultados.” (p.12)<br />
Mais adiante, a autora defende a idéia de que proficiência possa ser vista<br />
como o resultado de uma aprendizagem e/ou uma meta, sendo indispensável – ao<br />
se elaborar um programa de ensino – uma observação quanto aos níveis iniciais e<br />
finais da proficiência dos participantes de tal programa, bem como o<br />
estabelecimento do que se espera desses participantes em termos de contribuições,<br />
incluindo o propósito da situação de uso.<br />
Este trabalho toma para si a concepção do termo, tal como proposta por<br />
Scaramucci (2000), a de que proficiência deve considerar a capacidade de uso.<br />
Segundo a autora (Scaramucci 2000:14 apud Scaramucci, 1997, 1998):<br />
“...em vez de dizer Ele é proficiente em inglês, seria mais apropriado dizer<br />
Ele é proficiente para viver e estudar na Inglaterra (uso mais geral) ou Ele é<br />
proficiente em Inglês para trabalhar no Brasil como guia turístico; ou Ele é<br />
proficiente em leitura em Inglês (uso mais específico) ou Ele é proficiente para<br />
a leitura de manuais técnicos em Inglês (uso ainda mais específico), e assim<br />
por diante”.<br />
Assim, considerando a proposta acima citada, e retomando Scaramucci<br />
(2000) no que tange à questão da avaliação sobre proficiência nem sempre ser<br />
conduzida de maneira adequada, o que pode levar a possíveis sucessos e/ou<br />
insucessos do aprendiz, passo a discutir algumas questões relativas à subjetividade<br />
no processo de ensino-aprendizagem e formas de se lidar com o erro.<br />
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