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REPRESENTAÇÕES SOBRE O PROCESSO DE ENSINO ... - PUC-SP

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aulas, o que me direcionava em termos de novas atitudes a serem tomadas e novas<br />

ações a serem realizadas.<br />

Houve a necessidade de redimensionarmos nossas aulas em prol do objetivo<br />

específico de Ana Paula em atender e direcionar telefonemas, bem como adequar<br />

seu currículo ao que ela já tinha condições de realizar. Essa adequação do currículo<br />

foi o resultado de uma longa conversa reflexiva em que discutimos a questão da<br />

proficiência lingüística.<br />

Ao contrário de minha impressão inicial, Ana Paula não parecia ter nenhuma<br />

dificuldade, nem de aprendizagem, nem de comunicação. Pelo contrário, deixava<br />

bem claro o que queria, quando queria e por que. Perguntava sempre suas dúvidas<br />

e esforçava-se para não cometer os mesmos erros.<br />

Eu estava bastante intrigada. Por que uma aluna com tais características<br />

precisava de aulas particulares? Por que não conseguiu aprender depois de ter<br />

estudado tanto tempo em tão diversos ambientes? Por que ela acreditava que<br />

poderia ser beneficiada pelas aulas particulares e não teria o mesmo benefício em<br />

um estudo em grupo em uma escola formal de idiomas?<br />

Até então as justificativas pela opção por aulas particulares que chegavam<br />

para mim, vindas da quase totalidade de meus alunos particulares era a questão da<br />

comodidade, pois o professor ia ao local determinado fazendo-os ganhar tempo,<br />

além da questão da flexibilidade de horários: eles podiam cancelar aulas, repor, sair<br />

de férias, etc.<br />

Com relação aos objetivos, todos afirmavam ter o mesmo objetivo, que era o<br />

de aprender inglês. Eu nunca havia questionado muito esse aspecto e, para mim,<br />

tais justificativas eram válidas e suficientes.<br />

Ana Paula, durante os oito primeiros meses de nosso trabalho conjunto<br />

raramente cancelava uma aula e se o fazia, respeitava o prazo combinado de 24 h<br />

de antecedência e preocupava-se em repor aquela aula o quanto antes.<br />

A dedicação ao estudo de inglês fora do horário de aula em princípio não<br />

acontecia, mas foi um hábito que ela procurou desenvolver. Desde o início de<br />

nossas aulas e de nossa pesquisa, Ana Paula mostrou grande entusiasmo em poder<br />

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