CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
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• As potencialidades específicas do território, quanto aos aspectos do uso antrópico<br />
(potencial agropecuário, mineral) e de preservação (paisagens notáveis, ambientes<br />
preservados, presença de potencial arqueológico e paleontológico).<br />
A delimitação destas zonas possibilita relevar e situar possíveis problemas decorrentes da<br />
implantação do empreendimento nos diferentes fatores ambientais, problemas estes<br />
detalhados, por aspecto temático, no capítulo referente aos impactos ambientais.<br />
1.2. Caracterização dos Principais Fatores Ambientais<br />
1.2.1 Recursos Hídricos e Ecossistemas Aquáticos<br />
Para fins de apresentação da atual situação da bacia contribuinte à AHE Castelhano, foram<br />
consideradas as condições de vazão e qualidade da água, conforme apresentado a seguir.<br />
No que concerne aos ecossistemas aquáticos, tomou-se indicadores relativos aos seguintes<br />
aspectos: riqueza de espécies; potencial de endemismo; diversidade de biótopos e presença<br />
de sítios reprodutivos.<br />
a) Recursos Hídricos<br />
A bacia hidrográfica do rio Parnaíba situa-se entre os paralelos 3º e 11º de latitude sul e<br />
meridianos 40º e 47º de longitude oeste, sendo parte integrante da região nordeste do<br />
território nacional. Sua superfície recobre uma área de aproximadamente 330.850 km 2 ,<br />
distribuída entre os estados do Piauí (75,73%), Maranhão (19,02%) e Ceará (4,35%), além<br />
de 2.977,4 km² em área litigiosa.<br />
O rio Parnaíba percorre aproximadamente 1.344 km desde sua nascente na chapada da<br />
Mangabeira a 709m de altitude, até a desembocadura no Oceano Atlântico. Sua declividade<br />
é acentuada desde as suas nascentes até as proximidades da Vila Santa Filomena, na cota<br />
de 270m, sofrendo uma redução do declive a jusante. O rio se desenvolve numa região de<br />
transição entre os rios de regime equatorial e os do nordeste. Recebe, pela margem<br />
esquerda, afluentes perenes e, pela margem direita, predominam os tributários temporários<br />
oriundos do sertão semi-árido.<br />
A área de influência do AHE Castelhano está inserida no Médio Parnaíba, sendo o<br />
barramento localizado a 541km da foz do rio. O Médio Parnaíba engloba parte das subbacias<br />
dos rios Itaueiras, Piauí-Canindé e Poti-Parnaíba. Nessa região, a rede de drenagem<br />
possui uma configuração mais simétrica que no trecho do Alto Parnaíba, porém, com a<br />
presença de tributários de maior extensão ao longo de sua margem direita.<br />
O território da região é dominado por um clima seco do tipo sub-úmido a semi-árido, com<br />
temperatura máxima média mensal na faixa de 30,8°C e 35,7ºC, e mínima média mensal<br />
variando de 20,9ºC a 22,8ºC. A velocidade média anual do vento na área da bacia é de<br />
1,5m/s, com a direção predominante do vento anual oscilando de NE-SE, passando por NE-<br />
SE e S-SW.<br />
O período chuvoso inicia-se com chuva de pré-estação, no mês de outubro, prolongando-se<br />
até o mês de março. Os meses de maiores incidências de chuva vão de dezembro a abril,<br />
com média mensal variando entre 75 e 297 mm e a época seca, entre os meses de junho e<br />
agosto, quando praticamente não há ocorrência de chuvas, com precipitações em geral<br />
inferiores a 11 mm mensais. Os totais anuais de chuva dos municípios da AII variam, de 740<br />
a 1.280mm; quando comparados com os valores anuais de evapotranspiração, que oscilam<br />
de 1.594 a 2.500mm, deixam em evidência um balanço hídrico com excedentes<br />
Projeto Parnaíba<br />
Volume IV – Análise Integrada,<br />
AHE Castelhano <strong>EIA</strong> - Estudos de Impacto Ambiental<br />
Impactos, Prognósticos e Planos<br />
Ambientais<br />
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