CAPA EIA PARNAIBA-CASTELHANO.cdr - Ibama
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2.3.3. Meio Socioeconômico<br />
2.3.3.1. Expectativas nas comunidades inseridas na área de influência do<br />
Empreendimento pela iminência de sua implantação, tais como geração de postos de<br />
trabalho, remanejamento de famílias, alteração no valor dos bens, indenizações, entre<br />
outras.<br />
A geração de expectativas na população ante a simples divulgação da implantação de um<br />
determinado empreendimento é absolutamente natural. Tais expectativas – expressas<br />
através de manifestações contrárias ou a favor – mobilizam tanto a população da<br />
região/áreas afetadas quanto de instituições não governamentais e governamentais.<br />
Quando as reações contrárias superam as favoráveis, é comum que ocorra o aumento das<br />
tensões sociais e sejam, inclusive, criadas dificuldades para a implantação do projeto. Por<br />
outro lado, as de caráter positivo (tal como a geração de empregos) podem estimular fluxos<br />
migratórios para a região, principalmente para as localidades mais próximas do local<br />
indicado para a instalação do empreendimento. As decorrências naturais deste fenômeno já<br />
são bem conhecidas, sendo a sobrecarga na infraestrutura social, sobretudo dos serviços de<br />
saúde e de educação, e a especulação imobiliária apenas alguns dos exemplos dos efeitos<br />
relacionados ao aumento populacional.<br />
Durante a etapa de estudos, constatou-se que, no caso específico do empreendimento em<br />
tela, as expectativas mais relevantes até o momento são: geração de postos de trabalho,<br />
remanejamento de famílias para a liberação da área do reservatório, alteração no valor dos<br />
bens, indenizações, entre outras.<br />
Em relação à expectativa de que o empreendimento resulte na geração de novos postos de<br />
trabalho é bastante natural e esperada, sobretudo em se tratando de uma região onde a<br />
pobreza impera. Porém, a esperança pela chegada do emprego e a conseqüente melhoria<br />
de renda não ameniza o receio daqueles cujas propriedades serão inundadas, ou que<br />
perderão além de sua residência os espaços de negócios que atualmente exploram.<br />
É importante ressaltar que a geração de dúvidas e a oposição inicial a empreendimentos<br />
dessa natureza e magnitude são normais, principalmente em se tratando de projetos<br />
hidrelétricos.<br />
Há ainda a ressaltar que a existência de uma luta histórica das populações atingidas por<br />
barragens, encabeçadas pela Comissão Regional de Atingidos por Barragens - CRAB - e,<br />
posteriormente, pelo Movimento dos Atingidos por Barragens – MAB. No início esses<br />
movimentos lutavam pela garantia de indenizações e reassentamentos. Logo após o<br />
movimento evoluiu para o próprio questionamento da construção das barragens e, nos dias<br />
atuais, dentro de uma atuação de forte conotação política passou a exigir benfeitorias<br />
econômicas para os atingidos e também para os não atingidos, notadamente a população<br />
pobre da região do entorno do reservatório.<br />
Portanto, a geração de dúvidas, expectativas, apreensões e tensões, mobilizações políticas<br />
vão ocorrer e devem ser encaradas como naturais. Contudo, cabe ao empreendedor realizar<br />
um amplo projeto de comunicação, disponibilizando para toda a população das Áreas de<br />
Influência Direta e Indireta todos os aspectos relacionados com o projeto, em linguagem<br />
acessível e de fácil assimilação.<br />
No caso do AHE de Castelhanos, que terá municípios afetados por mais de um<br />
empreendimento, é provável que a falta de informação adequada gere mais expectativas e<br />
Projeto Parnaíba<br />
Volume IV - Planos, Programas e<br />
AHE <strong>CASTELHANO</strong> <strong>EIA</strong> – Estudos de Impacto Ambiental<br />
Projetos Ambientais<br />
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